PRURIDO: O QUE FAZER

>> sábado, 31 de janeiro de 2009


O seu cão está com comichão. Porquê? O que é que se pode fazer?

Tenho um cão com 3 anos cruzado de Pastor Alemão.. Apresenta um problema muito desagradável: rói as patas dianteiras que se apresentam cheias de feridas e erupções entre os dedos. O resto do corpo está óptimo e o animal está bonito e aparentemente saudável. Alimento-o com ração que adquiro no supermercado local, à mistura com ossos do talho! Noto algum alívio se lhe der antibióticos e colocar pomada à base de cortisona nas patas. Porém após retirar esse tratamento, volta tudo ao mesmo. Já fiz testes à Leishmaniose e deu negativo. O que faço? Não posso estar a pôr pomada nas patas do cão eternamente!"


De fato lamber as patas é sinal que algo não está bem com a saúde do cão. Alguns donos julgam que este comportamento é normal e não consultam o veterinário para descobrir a causa do problema. De fato roer as patas pode ser um vício de qualquer cão ou cadela, em qualquer idade ou raça. Por vezes a situação agrava-se durante os períodos de maior calor na Primavera e Verão.

A dieta desempenha um fator importante.
A causa principal é uma doença chamada atopia, mais conhecida nos humanos por "febre-dos-fenos". Ao contrário dos humanos, a forma mais vulgar que a doença assume é inflamação na pele e nas patas. Os alérgenos mais vulgares que despoletam as crises são: pó, ácaros do pó, pólens de árvores (especialmente pinheiro e eucalipto), ervas, gramíneas e outras plantas, bolores, caspa (humana ou de outros animais), lã e picadas de insectos.

Alguns cães com atopia podem apresentar irritação na pele ao nível da face, membros anteriores (axilas) e zona lombar. Esta doença é por vezes responsável por otites crónicas e problemas oculares. Raramente se manifestam problemas respiratórios (espirros, intolerância ao exercício, asma, tosse e corrimento nasal).

Se o cão sofrer de dermatite alérgica à picada da pulga, então é provável que roa as patas. Algumas substâncias químicas também podem contribuir para alergia em contato direto com as patas (shampoos, detergentes, desinfectantes, etc). Ao passear no campo temos de ter em atenção que certas plantas (ouriços, praganas) podem-se alojar na patas desenvolvendo irritação local.

Infecções da pele (piodermites) podem ser causa inicial do roer da patas, mas mais vulgarmente são consequência do traumatismo que o cão inflige a si próprio. Alguns destes agentes são bactérias (estafilococos), fungos (malassézia), ou ácaros (demodex). A maioria destes agentes encontram-se ao nível da pele sem haver sinais de piodermite. As alergias podem por si só provocar comichão suficiente para o cão lamber as patas até as deixar inflamadas quentes e húmidas.

Nestas circunstâncias os agentes acima descritos podem aproveitar terreno e multiplicarem-se desenvolvendo piodermite, por vezes de difícil tratamento. A piodermite é também pruriginosa, mas de carácter mais grave! Cabe ao médico veterinário determinar a causa inicial e estabelecer o tratamento mais adequado. Isto porque se houver piodermite instalada, não basta só medicar o cão contra a comichão, mas há que controlar a infecção secundária, senão o problema jamais se resolverá.

A cortisona é um excelente anti-inflamatório e anti-pruriginoso. Infelizmente se mal usada pode piorar a piodermite e permitir que a infecção se alastre. Portanto é fundamental estabelecer um diagnóstico correto a fim de estabelecer a terapêutica mais adequada.

Às vezes não é fácil diagnosticar à primeira a causa subjacente. Se um caso não responde bem ao tratamento há que fazer mais exames e experimentar nova terapia.

Estes exames podem incluir: raspagens e posterior exame microscópico, avaliação da tiróide (cães hipotiroideos - bócio, podem exibir piodermites crónicas), e testes na pele para detectar alérgenos.

Em caso de tratamento prolongado com antibióticos pode ser útil um teste de sensibilidade aos antibióticos, para verificar qual o mais adequado para a estirpe bacteriana em causa.

O tratamento é mais ou menos elaborado consoante as causas subjacentes. Pode incluir antiparasitários externos BASTANTE EFICAZES (para pulgas ou ácaros), antibióticos, corticosteróides, tiroxina (em cães com mau funcionamento da tiróide), banhos com shampoos ou loções específicas (à base de clorhexidina ou peróxido de benzoilo).

Uma vez identificados os alérgenos responsáveis, há que evità-los! Por vezes é impossivel. O tratamento regular com anti-histamínicos pode ajudar. Evitar passeios em pinhais, relvados ou outras zonas onde abunde o alérgeno em causa pode ajudar.

Os verdadeiros alérgicos (cães com atopia) podem ter de tomar cortisona via oral para o resto da vida. É necessário desmistificar este tratamento. Os corticosteróides não assim tão maus como muitas pessoas julgam. De fato em certos casos são mesmo vitais para o boa recuperação do animal. Normalmente usam-se em esquemas terapêuticos de CURTA duração até se obter o alívio desejado. Confiar exclusivamente nestes medicamentos sem se ver as verdadeiras causas subjacentes, vai redundar num tremendo fracasso. Mesmo nos doentes que necessitam de cortisona para o resto da vida, o tratamento encetado deve ser intermitente (nunca contínuamente), quando o cão andar com mais comichão e na mais baixa dose eficaz possível.

Nas alergias alimentares, o cão coça-se quando ingere determinado alimento, especialmente nas patas e abdómen. Os principais alimentos culpados são fontes de proteína a que o animal reage com maior hipersensibilidade. Pode ser a derivados do leite ou carne (cavalo e porco são muitas vezes culpados), mas há cães alérgicos ao frango ou à vaca! Certos animais inclusivé podem ter sintomatologia gastro-intestinal associada, por vezes expulsando fezes sanguinolentas. Só a estreita colaboração com o médico veterinário pode conduzir à descoberta do alimento culpado. Actualmente existem dietas veterinárias de despiste de alergias alimentares. Trata-se de rações especificamente preparadas para o efeito, cuja composição é quase improvável que o cão já tenha comido. Assim se as condições da pele melhorarem com tal dieta, o diagnóstico de alergia alimentar está comprovado. A confirmação será o retorno dos sintomas após o cão voltar a comer o alimento que comia previamente. Neste caso o tratamento médico é de pouco valor, sendo a cura definitiva do prurido equivalente à erradicação total do alimento-problema.

Tratamentos novos estão em franca expansão. O uso dos ácidos gordos Omega 3 e Omega 6 na proporção correcta, proporciona uma acção anti-inflamatória muito eficaz e sem efeitos secundários. Podem-se adquirir nos centros de atendimento veterinário. Também existem disponíveis no seu veterinário assistente, dietas preparadas já com altos teores destes ácidos gordos anti-inflamatórios. Estas dietas são extraordinariamente importantes quando se suspeita de alergias alimentares.

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JAPÃO NEGOCIA PARA CAÇAR BALEIAS, ALERTA WSPA

>> sexta-feira, 30 de janeiro de 2009








A WSPA condena plano da Comissão Baleeira Internacional de premiar a caça "científica" japonesa de baleias .

Rio de Janeiro – A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) condenou ontem as tentativas do presidente da Comissão Baleeira Internacional (CBI) de fazer um acordo com o Japão para o país retomar a caça comercial de baleias (nota 1).

Segundo a WSPA, o acordo, descrito em documentos obtidos Washington Post e divulgado no último domingo por esse jornal norte-americano, parece permitir que o Japão cace baleias em suas águas costeiras em troca de uma redução na caça pretensamente "científica" no Santuário do Oceano do Sul (Antártico), minando a proibição de 1986 sobre a caça comercial de baleias (nota 2).

"Tal acordo pode abrir caminho para a retomada mundial da caça comercial de baleias, uma prática cruel que utiliza arpões explosivos. Dados do Japão e da Noruega mostram que, ao serem caçadas, as baleias podem sofrer por mais de uma hora antes de morrer.

A WSPA acredita que a caça dita "científica" no Oceano do Sul precisa acabar por meio de pressão diplomática fora da CBI e pede que a proibição de 1986 seja mantida e fortalecida, levando-se em consideração questões de bem-estar animal", alerta a WSPA.
- É inaceitável que o Japão, que já matou mais de 11.000 baleias num claro desafio à proibição mundial, esteja pressionando a CBI e exigindo concessões.

E é impressionante que a CBI considere tais negociações e, aparentemente com o apoio dos Estados Unidos, ofereça baleias de bandeja para o Japão, disse a gerente do Programa de Mamíferos Marinhos da WSPA, Claire Bass.A mudança da área de caça:
– A caça de baleias é desumana onde quer que aconteça.
Um acordo que simplesmente transfere essa crueldade do Oceano do Sul para o Pacífico Norte nem sequer vale o papel em que está escrito. Sancionar essa prática desumana e desnecessária, seria um grande retrocesso para o bem-estar animal mundial – completou Bass."A WSPA também está preocupada com que a CBI, - incumbida de gerenciar a caça e de preservar as baleias do mundo, tenha perdido seu foco.
Apenas três países desejam a caça comercial de baleias e, ainda assim, a Comissão dedica uma grande e desproporcional parte de seu tempo e de sua energia negociando como e se irá proibi-la. Nesse meio-tempo, as baleias do mundo continuam desprotegidas contra um crescente número de ameaças, incluindo poluição química e sonora, mudança climática e pesca exagerada. A WSPA e os membros da rede Whalewatch acreditam que a CBI precisa rever suas prioridades para proteger as baleias e não sua caça (nota 3)", continua a gerente. "É impossível imaginar governos se reunindo para endossar a explosão de vacas ou suínos para obter sua carne, mas há um ponto cego quando se trata de proteger o bem-estar de baleias. Como o sofrimento acontece no mar distante, pode ser que a crueldade da caça de baleias fique fora de vista, mas os governos não podem deixar que ela fique fora de consideração", concluiu Bass.
Notas (links em inglês): 'U.S., Japan Negotiate Over Whaling Limits' no Washington Post de 25 de janeiro de 2009.
(1) http://mobile.washingtonpost.com/detail.jsp?key=343249&rc=na&p=1&all=1 A proibição internacional da CBI sobre a caça comercial de baleias passou a valer em 1986. Noruega e Islândia continuam a caça comercial furando a proibição, enquanto o Japão explora a brecha que permite membros que se permitam quotas para fins de pesquisa científica.
(2) http://www.iwcoffice.org/conservation/catches.htm Em maio de 2008 membros da rede Whalewatch, encabeçada pela WSPA, se reuniram para produzir o documento Time to Refocus. Esse relatório explora os problemas inerentes à caça comercial de baleias e oferece uma visão construtiva para a evolução e o futuro da CBI como uma organização protetora dos cetáceos. Ele foi bem-recebido por países-membros durante o 60º encontro da CBI em Santiago do Chile, em junho de 2008.
(3) http://www.whalewatch.org/media/Time%20to%20Refocus.pdf A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) é a maior federação de organizações de bem-estar animal do mundo, representando mais de 950 afiliadas em 155 países. Através de trabalhos de campo, campanhas, trabalho legislativo, educação e programas de treinamento, a WSPA luta para criar um mundo onde o bem-estar animal importe e os maus tratos contra os animais tenham fim.
As baleias são mamíferos marítimos pertencentes à classe dos Cetáceos, são animais que vivem desde o nascer até a morte na água. Elas não têm guelras e, por isso, têm de subir para respirar na superfície, periodicamente.
Geralmente as baleias têm mais de 4 metros de comprimento. Atualmente existem 40 espécies de baleias sendo que metade delas está ameaçada de extinção, graças à caça indiscriminada de países que não respeitam a legislação internacional como o Japão, por exemplo.

Normalmente estes animais vivem 30 anos, sendo que já houve registros de baleias com 50 anos de idade.
A Comissão Internacional da Baleia (que reúne somente 15 paises) fixou o limite máximo de 20.000 baleias a serem caçadas por ano. Porém, ainda existem pessoas que insistem em não respeitar a lei, o que acontece sempre que uma lei prejudica a obtenção do lucro. Atualmente existem poucas baleias no mundo e a caça mata mais do que as baleias se reproduzem, o que pode, em pouco tempo, levar estes mamíferos à extinção. As espécies de baleias mais conhecidas são as Orcas, as Jubartes, as Francas, as Cachalotes e as maiores que existem: as baleias Azuis.

Assista o vídeo do Greenpeace



assine a petição contra a caça à baleia

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CÃES MIMADOS - BOM OU RUIM?


Ao longo do tempo, o conceito de “animal mimado” foi mudando. Passou-se de uma época em que o animal não tinha direitos, apenas deveres, para uma época em que havia vergonha em dizer que se mimava demais os animais, para agora os próprios donos gabarem-se do excesso de mimo que dão ao cão. Até que ponto os animais podem ser mimados, sem que isso seja prejudicial?
A indústria de serviços e produtos próprios para animais de estimação é um negócio multimilionário. Os agentes que se movem nestes mercados conseguiram criar necessidades que não existem na realidade, como por exemplo, coleiras de diamantes, camas bordadas a ouro ou transportadoras de marcas de bolsas chiques.
Para o cão parece ser indiferente se a coleira tem diamantes incrustados ou se é lisa, desde que não estrague o pêlo ou cause comichão. Mas se é indiferente, não é então, prejudicial.
Os problemas com o mimo excessivo surgem sobretudo quando a educação e o treino do animal são comprometidos. Ou seja, quando se humaniza o cão e este passa a ser o dono lá de casa.Quando o cão reclama para si o papel de líder, o cão sente que não só pode fazer aquilo que deseja, como também que os outros devem fazer aquilo que ele quer. Se assim não acontecer, o cão sente-se com autoridade para forçar os outros através, por exemplo, da agressão.
Assim, alguns mimos podem ser bastante prejudiciais para o cão. Os cães não devem, pelo menos nos primeiros anos de vida, partilhar a cama com os donos, entrar primeiro em casa, comer primeiro, andar constantemente ao colo, etc. Isto porque todas estes comportamentos fazem com que o cão se sinta igual ou superior ao dono em termos de hierarquia. Alguns donos não percebem a importância de estabelecer uma hierarquia em casa e abdicam desse dever. Um cão que se considera o “alfa” dentro de casa, é um cão que sofre mais de stress do que um cão que vê no dono um líder e é consequentemente menos feliz. Os cães são animais de matilha e vivem felizes se lhes for dito o que fazer. Assumindo o papel de líder, os cães tentam “mandar” e essa preocupação constante, à qual o dono vai tentando oferecer resistência, deixa o cão frustado na sua liderança e pior, agressivo.
Em termos de alimentação, os mimos são tão prejudiciais como em termos comportamentais. Os cães mimados tornam-se pedinchões e insistentes. As guloseimas oferecidas fazem tão mal à saúde do cão que podem mesmo deixá-los diabéticos, cegos ou pode mesmo provocar-lhes a morte, como é o caso do chocolate dado em grandes quantidades.

Os principais mimos a dar ao cão devem ser:
Dieta de qualidade (ração de gama alta, super-premium)
Assistência Veterinária (vacinas, desparasitação, consultas de rotina e assistência em caso de doença)
Exercício (passeios diários, conforme as necessidades do cão)
Treino e socialização (pelo menos educação básica, que permita ao dono ter controlo sobre o cão)
Conforto e higiene (um local quente e confortável para dormir; pêlo escovado)
Brincadeira (brincar com o cão e ter um brinquedo de cada tipo disponível – para roer, para aconchegar, com barulho)
Não pense numa cama feita à medida, se poupa dinheiro na ração.

Não vale a pena comprar roupa para o cão, se falta às consultas anuais no veterinário.

Não vale a pena ter dezenas de brinquedos para o cão se não tem tempo para brincar com ele.
Se satisfaz todas aquelas necessidades do cão, para ele não faz diferença se as pretende levar ao extremo. Ou seja, se em vez de comprar a tradicional cama do cão, mandar fazer uma por encomenda, o cão não será mais feliz, mas também não será mais triste. É apenas uma opção do dono.
Se pretende vestir o cão com a última moda em agasalhos, certifique-se de que o cão não se sente incomodado com a roupa, o que é fácil de perceber. Alguns cães de pequeno porte, como por exemplo o Chihuahua, devem mesmo ser agasalhados nos dias mais frios.
Não espere contudo, que o animal estime uma almofada de luxo ou que deixe de escavar a terra para não estragar a manicure. Se exigir isto do cão, não está respeitando a própria natureza do animal e mais uma vez, pode submeter o cão a um stress desnecessário.
Assim, se deseja mimar o seu animal, mime-o, mas antes de levar as coisas ao extremo, certifique-se de que o básico foi cumprido e de o seu extremo não interfere com o bem-estar do cão.

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ANIMAIS TAMBÉM PRECISAM FAZER CHECK-UP

>> quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Os animais podem sofrer de estresse, diabetes, problemas cardíacos e uma série de doenças que poderão ser diagnosticadas com precisão e, previnidas ou tratadas de uma forma adequada se forem identificadas por um check-up.
A checagem é realizada por meio de pesquisa bioquímica do sangue e imagens, através da ultra-sonografia, do ecodopplercardiograma ou do eletrocardiograma.
A ultra-sonografia permite ,em animais, a avaliação de órgãos abdominais como fígado , rins e o útero nas fêmeas, em tempo real e in loco.
Este exame permite detectar várias anomalias, dentre elas inflamações, congestão, cistos, neoplasias, etc.
O ecodoppler, permite o diagnóstico precoce para indicação de tratamentos das diferentes cardiopatias.O eletrocardigrama computadorizado tem sua aplicação para diagnóstico de isquemias de miocárdio, desvio de eixo e arritmias.
Além desta tecnologia colocada a disposição da medicina veterinária , é fundamental que o dono siga corretamente o calendário das vacinações e ofereça ao animal uma alimentação balanceada, garantindo assim, uma qualidade de vida que proporcionará a longevidade .
O dono responsável é aquele que antecipa os cuidados para que, ao chegar a terceira idade, o animal não tenha graves problemas de saúde. Evitar atividades físicas de alto impacto e o peso em excesso são medidas importantes para impedir apareçam as dores na coluna.
De acordo com especialistas, em algumas raças os problemas de coluna são mais freqüente na terceira idade do que em outras.
Cães com o corpo comprido e patas curtas como dachshund, basset, beagle e pequinês são os que sofrem mais com as dores na coluna, incluindo o famoso bico-de-papagaio. Quem tem um cão na terceira idade, precisa se preocupar ainda mais com a alimentação, utilizando rações especiais para os animais idosos e fazer visitas periódicas ao veterinário.
Proporcionar ao animal um envelhecimento cercado de muito carinho é sinônimo de respeito a quem por muitos anos alegrou nossa vida ,sem pedir nada em troca, sómente que não o abandonasse nos momentos mais dificeis de sua vida.
Vininha F.Carvalho

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APRENDIZAGEM

>> quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


OLÁ PESSOAL
Hoje, vamos discutir alguns fatores que influenciam no aprendizado do cão.
A facilidade com que um cão aprenderá um determinado exercício depende de vários fatores:

CARACTERÍSTICAS DE RAÇA
Os cães de raça foram desenvolvidos através de acasalamentos selecionados, visando determinadas características, tais como aptidão para a caça, a guarda, o pastoreio, etc. Em cada cão, estes traços estão presentes em diferentes níveis de intensidade e, dependendo do que queremos ensinar ao cão, poderão auxiliar ou atrapalhar o nosso trabalho.
Por exemplo, um Beagle, com um forte instinto de caça, tende a se distrair muito facilmente com os cheiros que encontra pelo caminho. Portanto, teremos que nos empenhar muito mais no seu treinamento para que ele execute perfeitamente o comando JUNTO.

TEMPERAMENTO
Define-se temperamento como a capacidade do cão em exercer uma determinada função para a qual foi criado. Portanto, não existem bons ou maus temperamentos e sim temperamentos adequados ou inadequados.
O temperamento é afetado pela vontade em exercer o trabalho para o qual a raça foi criada e pela vontade em trabalhar para o seu dono. Por exemplo, um retriever pode gostar muito de buscar objetos, mas pode não gostar de andar JUNTO.

BOA SAÚDE
Se o cão estiver doente, será difícil se concentrar nas lições.

MEIO AMBIENTE
O ambiente exerce uma grande influência no cão. Os cães são bastante sensitivos e se considerarem o ambiente hostil, ou perceberem que o seu dono está tenso ou bravo, haverá um impacto negativo na habilidade do cão aprender.
Aliás, a atitude do dono é o que mais afeta a capacidade de aprendizagem do cão.

CONSISTÊNCIA
Os cães não entendem o significado de "ÁS VEZES" ou "TALVEZ". Eles entendem o significado de 'SIM' ou "NÃO", "AGRADÁVEL OU DESAGRADÁVEL", "SEMPRE OU NUNCA".
Para que o cão aprenda, deve-se ter a mesma atitude sempre. Se é permitido ao cão pular em você quando chega do trabalho, não adianta se zangar se ele pular e sujar sua roupa quando você estiver arrumado para ir a uma festa.
Muitas pessoas que dizem não conseguir fazer com que seu cão Sente ou Deite, apesar de seguirem as instruções das aulas direitinho!! Bem, aí entra um outro fator, o mais importante de todos:
Brincar de luta com seu cão

Ensina ao cão a se impor contra o dono. Esta é uma forma de treinamento não intencional que não é desejável. Ao invés de brincar de luta, ensine seu cão a buscar um objeto, como uma bolinha, ou um frisbie.

Elogiar na hora errada
Normalmente, os cães recebem prêmios e elogios em momentos incorretos, dando ao cão a impressão que o comportamento que ele está exibindo naquele momento é o correto. Por exemplo, acariciar o cão quando ele mostra sinais de medo ou agressividade. O que o dono pensa é que está acalmando o cão, mas o que ele realmente está dizendo ao cão é que a atitude dele está correta e é certo ficar com medo ou ser agressivo.

Chamar o cão
Muitas pessoas se esquecem e continuam chamando o cão e punindo-o quando ele chega. Por exemplo, o cão sai correndo atrás de outro cão para brigar. Você, desesperado, chama o seu amigão "Rex, venha já aqui!". Rex obedece e SURPRESA, leva uns safanões. Adivinhe se ele virá da próxima vez que você chamá-lo?????
Não chame o cão para nada que ele considere desagradável. (cortar as unhas, tomar remédio, tomar banho). Sempre que o cão responder ao seu chamado ele deverá ser recompensado primeiro!!!!!!!
Então pessoal, vamos prestar mais atenção nestes fatores tão importantes para o aprendizado de nosso cãozinho. Tenho certeza que agora, com estas dicas, será muito mais fácil educar seu amigão.
Abraços,

Onde educação se faz com diversão!

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ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO EM CÃES

>> terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Introdução
Ansiedade de separação é o conjunto de comportamentos exibidos por cães quando são deixados sós, sendo um dos problemas comportamentais mais comuns em cães.
Os proprietários freqüentemente referem-se a estes animais como "rancorosos", "chateados", "raivosos", que agem com "despeito", "má vontade", mas este tipo de explicação não tem nenhuma base etológica.
Como conseqüência, acabam punindo seus animais de modo incorreto e contribuindo para a manutenção ou aumento da freqüência do comportamento.
O mais correto seria descrever este tipo de comportamento perturbado como resultado de uma resposta ao estresse pela separação da pessoa ou pessoas com quem o animal está ligado ou apegado.
O comportamento de apego é essencial para a sobrevivência de animais sociais. É um mecanismo de coalizão social. A partir do nascimento o filhote forma ligações com a mãe e com os irmãos da ninhada. Posteriormente, com o início do período de sociabilização (2 a 4 meses de idade), o filhote irá se ligar a seus irmãos e a outros cães adultos. Com o cão isto pode incluir outras espécies com que tiver contato neste período. O período de sociabilização determina o tipo de relação social que um animal estabelecerá, bem como os processos de comunicação, coordenação, hierarquia e o tipo de relação que terá com seu proprietário. A ligação implica numa relação de confiança e é o fundamento do laço entre o proprietário e o animal de estimação. Porém, quando um cão fica dependente demais de seu proprietário poderá desenvolver alterações comportamentais associadas a separação. Poderão ser observados: defecação e micção em localizações impróprias, comportamentos destrutivos ( escavar, arranhar, morder objetos pessoais, móveis, paredes, portas e janelas), vocalizações excessivas (latidos, uivos e choramingos), depressão, anorexia e adipsia e hiperatividade. Porém é preciso deixar claro que, somente o levantamento do histórico comportamental e do contexto em que estes comportamentos ocorrem podem determinar um diagnóstico de ansiedade de separação.

Definições necessárias
Medo:
Sentimento de apreensão associado a presença ou proximidade de um objeto, indivíduo ou situação social de risco. O medo é parte do comportamento normal e pode ser uma resposta adaptativa. A determinação de até que ponto o medo ou respostas de medo são anormais ou inapropriadas deve ser feita pelo contexto em que ocorrem. O medo normal ou anormal são geralmente manifestações graduadas, com intensidade de resposta proporcional à proximidade ou percepção da proximidade do estímulo.
Fobia:
Uma resposta súbita, tudo ou nada, profunda, anormal, que resulta num comportamento de medo extremo (catatonia, pânico). Muitas reações de medo são aprendidas e podem ser desaprendidas com exposições graduais. Fobias são definidas como reações de medo desenvolvidas rapidamente e profundamente e que não são extintas com exposições graduais. Uma vez o evento fóbico tenha sido experimentado, qualquer evento associado a ele ou a memória deste é suficiente para gerar a resposta.
Ansiedade:
Uma antecipação apreensiva de um perigo futuro ou desgraça acompanhada por um sentimento de disforia e ou sintomas somáticos de tensão (vigilância e atenção, hiperatividade autonômica, manifestações fisiológicas, aumento da atividade motora e tensão)

Origem e Diagnóstico
A principal característica da ansiedade de separação é que os comportamentos indesejados estão claramente relacionados à ausência de um ou de todos os membros da família. Ocorre quando o animal não pode ter acesso ao proprietário. Mesmo que o animal esteja na companhia de outras pessoas ou animais, o comportamento pode vir a se manifestar por estar associado a ausência de uma pessoa em especial com quem o animal tem uma "ligação muito forte". Deve-se procurar fazer diagnóstico diferencial com outros distúrbios comportamentais e patológicos. Para isso é preciso obter-se a história comportamental detalhada do proprietário. O comportamento de ganir, latir e uivar no filhote pode ser considerado normal e é o resultado da separação da mãe, visando a reunião. Quando isto não ocorrer, o filhote fica deprimido, quieto e imóvel até o retorno da mãe. No caso de cães adultos este comportamentos podem se repetir, mas são considerados distúrbios devido às conseqüências. Cães com ansiedade de separação são muitas vezes obedientes e bem treinados quando estão na companhia do proprietário. A ansiedade de separação é então considerada como o resultado de um estresse pela ausência do proprietário. Eventos traumáticos na vida de um cão jovem podem aumentar a probabilidade do desenvolvimento de ansiedade de separação. Estes eventos incluem: separação precoce da mãe, privação prematura de laços com a ninhada (filhote de cães mantidos em lojas ou abrigos para animais), uma mudança súbita de ambiente (casa nova, ficar em um canil), uma mudança no estilo de vida do proprietário, resultando em um súbito término no contato constante com o animal, uma ausência de longo prazo ou permanente de um membro da família (divórcio, morte, crianças que crescem e deixam a casa, volta para a escola ou trabalho, férias que terminam) ou a adição de um novo membro na família (bebê recém-nascido, novo relacionamento social ou novo animal de estimação). O problema também pode ser o resultado de uma estadia prolongada ou traumática na casa de um parente ou amigo, em um canil ou hotel. A ansiedade de separação pode estar ainda associada a um evento traumático que possa ter ocorrido durante a ausência do proprietário (explosões, tempestade, assaltos violentos). Não há predisposição sexual ou por raça. Cães de rua recolhidos em canis de adoção têm predisposição a ansiedade de separação. Os cães com predisposição a ansiedade de separação são ansiosos, agitados e super ativos. Seguem o proprietário por todo lado, pulam em cima dele e correm sem parar.
Muitos cães podem sentir quando seu proprietário está para sair de casa e ficam ansiosos até mesmo antes de sua saída.
Enquanto o proprietário se prepara para sair, o cão apresenta sinais de:
Aumento de atividade, choramingar, ganir, solicitar atenção, pular e seguir o proprietário onde quer que ele vá, tremer ou até mesmo fica agressivo quando o proprietário tenta partir; neste caso a agressão por dominância deve ser pesquisada;
Depressão, fica parado, deitado sem se mexer quando o proprietário chama ou tenta tirá-lo do lugar.

Depois de um tempo variável da saída do proprietário, os cães:
Arranham, cavam e mastigam as portas e janelas na tentativa de seguir seu proprietário;
Mastigam, arranham e cavam objetos domésticos ou pessoais (livros, móveis, fios, paredes, roupas);
Urinam e defecam em localizações inaceitáveis, como na porta ou na cama do proprietário e vocalizam (choramingam, latem e uivam sem parar);
Ficam deprimidos e não comem ou bebem enquanto o proprietário não volta. Isto é especialmente prejudicial se o proprietário ficar fora por um longo período;
Sialorréia, tremor, dispnéia, taquicardia, diarréia, vômito ou auto-mutilação (morder e lamber patas e outras partes de seu próprio corpo).
A maioria dos cães afetados fica super excitado quando o proprietário retorna, saudando seu proprietário mais efusivamente do que o normal. Quando o proprietário retorna, o cão geralmente torna-se extremamente ativo e exagera suas saudações à chegada do proprietário.
Se o problema for recente e o animal não for de temperamento extremamente ansioso, o prognóstico será favorável. Já nos casos mais antigos de ansiedade, ou nos casos em que há associação com comportamentos de pânico, o prognóstico é reservado.

Diagnóstico diferencial
Um cão com comportamento destrutivo deve receber um diagnóstico diferencial. É preciso recolher a história comportamental, o foco do comportamento, o contexto e as circunstâncias nas quais o comportamento ocorreu. Deverão ser caracterizados o ambiente social e físico e a rotina diária (alimentação, higiene, brincar, exercício, dormir). A história comportamental irá informar também como ocorreu o processo de educação e adestramento, incluindo a forma como foi realizado o treino para as eliminações e como foram aplicadas as punições. Deve-se caracterizar a rotina dos habitantes da casa e a forma como se dão as interações, incluindo o sociograma.
Os principais diagnósticos diferenciais devem ser feitos de acordo com o comportamento exibido: 1. Comportamentos associados a eliminação: Falta ou educação deficiente para eliminação. Falta de oportunidade de defecar e urinar em local apropriado Medo ou excitação Submissão, saudação e marcação Patologias (cistite, prostatite, gastroenterites). Cães idosos Agressividade por dominância ou territorial
2. Comportamento destrutivo Comportamento lúdico ou exploratório Mastigação de filhote Resposta de medo Reação a estímulos excitatórios Super atividade Agressividade por dominância ou territorial
3. Vocalização Reação a estímulos excitatórios (sonoros) Facilitação social Lúdico Agressão Respostas de medo O exame laboratorial deve incluir urinálise, coproparasitológico, hemograma, sorologia e hormônios da tireóide e glândula adrenal (hiperadrenocorticismo), na dependência da história e dos sintomas clínicos associados. É preciso pesquisar sintomas de dor. Para cães de mais de 8 anos está indicada a colonoscopia na dependência dos sintomas. Nos casos envolvendo animais com mais de 8 anos, os processos patológicos podem estar associados a disfunção cognitiva geriátrica canina. Esta patologia determina lesões comparáveis a Alzheimer humana, porém a causa não foi ainda estabelecida. Suas manifestações incluem, além dos comportamentos de ansiedade de separação, diminuição de obediência a comandos, irritabilidade, confusão, perda do condicionamento associado a eliminações e alteração no padrão de sono.

Intervenção
Antes de se iniciar qualquer protocolo de intervenção comportamental é preciso orientar o proprietário em como ocorre o aprendizado canino. O conhecimento que temos do processo cognitivo animal é o resultado da análise experimental do comportamento e estabelece relações funcionais entre as variáveis comportamentais e as variáveis ambientais e endógenas. Assim, quando se observa o comportamento de um animal, é preciso entender que ele foi o resultado da interação destas variáveis.
Se um determinado animal apresenta ansiedade de separação, o que está implícito é o resultado da relação da ausência do proprietário, o comportamento resultante e os estímulos conseqüentes (condicionamento). O comportamento foi portanto reforçado. Então é preciso identificar quais são os estímulos reforçadores. No caso da ansiedade de separação identificaremos estímulos antecedentes (sinais da saída do proprietário), respostas (após um tempo determinado da saída, o cão apresenta comportamentos inadequados tais como: destruição, eliminação inadequada, vocalização etc.) e no retorno do proprietário haverá estímulos conseqüentes (dar comida, fazer carinho), responsáveis pela probabilidade futura da emissão dessas respostas. É importante ressaltar que, seja qual for o comportamento do proprietário, se o comportamento indesejado se mantiver ou aumentar em freqüência, este estímulo será chamado de reforço positivo.
O proprietário deve ser alertado de que, uma vez iniciado o protocolo de modificação comportamental, ele deve se programar e se determinar a segui-lo passo a passo, evitando qualquer falha de procedimento. Parte da intervenção inclui a extinção do comportamento indesejado, isto é não deve haver mais a apresentação de reforço positivo após a emissão do comportamento anteriormente condicionado. Se o proprietário falhar poderá haver o retorno do comportamento e desta vez ainda mais difícil de ser extinto ou modificado. Por outro lado, pode haver estímulos conseqüentes ao próprio comportamento, então diremos que são estímulos auto-reforçadores. Pensando nisto deveremos assegurar que o animal tenha acesso somente a seus próprios objetos, brinquedos, e ossos. Ele não deverá ter mais acesso a objetos pessoais ou móveis. Se preciso, pode-se colocar uma chapa plástica nas paredes para evitar que ele as cavouque.
O princípio subjacente a toda técnica de intervenção para fobias, medos e ansiedades consiste em permitir que um animal experimente situações que elicitem medo e ansiedade sem que fique ansioso ou com medo. Para isso é preciso identificar quais são estes estímulos. Os métodos para tratar ansiedade de separação incluem: modificação da relação entre proprietário e seu animal de estimação, exercício físico, treino para obediência, modificação dos estímulos antecedentes e conseqüentes, prevenção e medicamentos ansiolíticos.
O sucesso do manejo da ansiedade de separação inclui ensinar o cão a tolerar a ausência do proprietário e corrigir os problemas associados a destruir, vocalizar, e eliminar em locais inadequados. O cão deverá adaptar-se gradualmente a ficar só através de exposição a pequenas partidas. Se a resposta ansiosa acontecer logo após a partida do proprietário (dentro de 30 minutos), o cão deverá permanecer sozinho, no princípio, durante intervalos muito pequenos (5 minutos) para assegurar o sucesso da intervenção. O período de ausência é então gradualmente aumentado. O proprietário deve evitar a interação enquanto o animal apresenta comportamentos ansiosos. Deve assegurar que o cão não se ocupe com saudações prolongadas no retorno do proprietário, gratificando ou premiando o animal somente quando este estiver tranqüilo e calmo. A intervenção pode ser iniciado com a dessensibilização às pistas ou sinais que indiquem ao cão a saída do proprietário. O animal deverá permanecer calmo enquanto o proprietário se movimenta. As pistas que antes informavam ao cão a futura saída (estímulos discriminativos antecedentes) serão expostas ao cão, mas não devem ser concluídas com a saída real do proprietário. Pode-se também fazer o contra condicionamento, para isso treina-se o cão a manter-se sentado e calmo enquanto o proprietário se movimenta, se afasta cada vez mais até chegar perto da porta. Posteriormente este treino é feito com ausências que serão gradualmente aumentadas. O proprietário se ausenta por tempos progressivamente maiores, mas não lineares (2, 5, 3, 6, 4, 8 minutos), e retorna antes que o cão manifeste comportamentos ansiosos. As partidas e retornos deverão evitar super estimular o cão. O cão não deverá receber gratificação ou atenção nas partidas e chegadas. Atenção excessiva anterior à partida e no retorno parece aumentar a ansiedade de separação. Pode-se condicionar o animal a associar a saída do proprietário com um retorno breve e seguro. A TV ou rádio podem permanecer ligados ou um brinquedo apropriado pode ser fornecido ao cão. Porém, é muito importante que a pista não seja um artigo associado a ansiedade. Estas sugestões ajudam o cão a associar positivamente o período de isolamento. Uma vez iniciado a intervenção, o cão não poderá ficar sozinho mais do que o tempo estipulado. É fundamental identificar se há componente de pânico associado; em caso positivo, deve-se tratar a condição, pois o pânico está associado a estímulos específicos e a ausência do proprietário é apenas a chave de onde parte o problema.
Medicamentos ansiolíticos auxiliam a suprimir a ansiedade de separação. São freqüentemente usados em cães com ansiedade de separação severa ou quando os proprietários têm que deixar o cão só por um período longo enquanto a intervenção está em andamento. Na maioria dos casos, fármacos não são uma solução e devem ser usados em combinação com um programa de modificação comportamental. A escolha do medicamento deve levar em conta o fato destes diminuírem a capacidade de aprendizagem e que seu efeito varia de acordo com o indivíduo. O ideal é que ansiolíticos sejam dados ao animal enquanto o proprietário está em casa, para se determinar a duração e os possíveis efeitos colaterais. Caso não sejam constatados efeitos colaterais, a droga deve ser dada uma hora antes da saída do proprietário. A diminuição da dose deve ser gradual e conforme avaliação do sucesso do programa de modificação comportamental. Os principais medicamentos utilizados são os antidepressivos tricíclicos, progestágenos, barbitúricos, fenotiazinas e benzodiazepínicos. O objetivo é reduzir a ansiedade sem induzir sedação, o que poderia interferir com a aprendizagem. Além disso é preciso considerar o estado clínico do animal antes de se ministrar o medicamento e os efeitos colaterais.
Em casos severos o proprietário pode ter também que executar um programa de dessensibilização da dependência do cão a uma pessoa, evitando contatos prolongados, impedindo que o animal durma no mesmo quarto ou na mesma cama que o proprietário. Ignorar o cão por um período de tempo não quebrará o laço afetivo com o proprietário, mas diminuirá a dependência extrema do cão, permitindo que ele tolere sua ausência sem ansiedade. Ignorar um animal de estimação pode ser difícil para o proprietário, mas é importante que ele entenda que isto resultará em uma relação muito mais saudável e feliz para ambos.
Castigos ou punições físicas só pioram a ansiedade, por isso não são recomendados como tratamento. A punição é um procedimento que visa suprimir rapidamente a freqüência de um comportamento por meio de um controle aversivo. Raramente o procedimento é aplicado com planejamento e conhecimento. As pessoas confundem punição com "castigo", sendo que o castigo aplicado muitas vezes só serve para aliviar a ira do proprietário contra um cão que fez algo inadequado. Como conseqüência há o desenvolvimento de comportamentos respondentes (medo/agressividade) diante do punidor. O uso da punição como estímulo aversivo deve ser feito com planejamento, de modo que a punição seja aplicada imediatamente após a ocorrência do comportamento a ser suprimido, o que é difícil pois, no caso de ansiedade de separação, tais comportamentos só ocorrem na ausência do proprietário.

Prevenção
Quando o proprietário inicia um relacionamento com seu animal de estimação de maneira muito intensa, afetiva, carinhosa e por muito tempo, mas sabe que esta disponibilidade irá mudar, deveria preparar gradualmente o cão para essas mudanças, evitando assim a ansiedade de separação. Se um filhote ou um cão novo é trazido para casa, é importante evitar situações que encorajem um apego excessivo. O cão deve ser acostumado lentamente a ficar. Isto pode ser realizado através do "treino da gaiola" (anexo1). Este tipo de exercício é especialmente útil quando se sabe que o proprietário irá se ausentar por longos períodos. Outra orientação deve alertar o proprietário a impedir que o cão o siga constantemente, ajustando-o gradualmente a estar só em casa por um longo período. Deve-se evitar estimular ou reforçar comportamento de brincar com outros objetos que não os brinquedos apropriados.
Todos os comportamentos que estimulem demasiadamente o cão devem ser evitados. Todo comportamento de chamar a atenção ou solicitar coisas ao proprietário não devem receber atenção. Os comportamentos tranqüilos e silenciosos devem ser reforçados. Após os 5 meses de idade o cão pode ser ensinado a sentar, ficar e esperar. Se o cão começar a morder objetos inadequados, o proprietário deverá evitar a interação, mas se for absolutamente necessário deve-se utilizar um spray de água imediatamente enquanto o animal morde o objeto (estímulo aversivo).
O exercício físico diário (passeio), deve durar no mínimo 20 minutos e oferece a oportunidade da interação tranqüila, calma, paciente e conseqüentemente gratificante. O passeio possibilita ainda a oportunidade de ensinar o cão a sentar, ficar e esperar.
Treino da gaiola para filhotes a partir de 45 dias de idade
Use um gaiola ou uma caixa de transporte com espaço suficiente para o filhote dar a volta. Acostume o filhote a ficar, dormir ou brincar neste espaço sem fechar a portinha. Após uma semana inicie o treino, deixando o filhote por curto espaço de tempo, fechado na casinha e sem contato visual com você.
Terminado o tempo estando o filhote calmo e relaxado, abra a porta e interaja com o cão de modo calmo. Vá progressivamente aumentando o espaço de tempo em que o animal fica fechado dentro da casinha até chegar a 1,5 horas.
Assegure-se que ele tenha evacuado e urinado antes de iniciar o exercício.
Não corra atrás do animal para pegá-lo.
O alimento deve ser fornecido 15 minutos depois de terminado o exercício.
Antes de adquirir um animal de companhia busque informações sobre a raça.
Mauro Lantzman ®

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A ANSIEDADE NOS CÃES E GATOS

>> segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Se o seu animal está sofrendo com angústia , tente ajudá-lo.
Os animais que se comportam de maneira destrutiva, que choram ou latem muito na ausência de seu dono, certamente estão sofrendo muito de solidão. Eles pensam que foram abandonados, sentem-se perdidos e com medo.
Por se sentirem desconfortáveis interiormente, acabam perdendo o controle e fazem coisas fora do comum. Alguns se machucam, lambendo ou roendo as patas até formar feridas.
Controlar o nível de ansiedade do animal é possível.
Quando um cão, por exemplo, tem este tipo de atitude, ele simplesmente está tentando expressar o seu sofrimento. Essas atitudes desesperadas são uma forma de o animal tentar aliviar a tensão e o estresse.
Existem maneiras de fazer com que o animal se acostume com a solidão, sendo recomendável iniciar o “tratamento” quando ele ainda for um filhote, mas ajudam a aliviar o sofrimento quando são adultos.
Crie um cantinho especial só para ele. Exercite-o antes de sair. Ensine-o a procurar brinquedos. Enfim, faça com que ele aprenda a se divertir sozinho. Para combater a solidão e a ansiedade, há brinquedos excelentes.
Tente não ficar por perto do animal pelo menos 20 minutos antes de sair e, quando o fizer, não se despeça. Ao retornar ignore-o por alguns minutos. Deixe alguma lâmpada acesa, rádio de pilha ligado ou alguma peça de roupa usada com o animal. Agora: não brigue se fizer bagunça pois ele já sofreu o bastante com a sua ausência. Tente compreendê-lo.
Os florais têm ajudado muito como também massagens nos principais pontos energéticos, equilibram o animal para que ele não se desespere mais.
Existem também ansiolíticos ou tranqüilizantes para controlar esse problema nos cães. Porém, cada caso é um caso e, esses remédios só podem ser ministrados com a orientação de um veterinário. Não coloque em risco a vida de seu animal!

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PSICOLOGIA & ANIMAIS

>> domingo, 25 de janeiro de 2009

Animais de estimação e bebês - experiência pessoal de Ila Franco - presidente da AILA
Quando minha filha nasceu eu não cheguei a ficar no hospital nem a metade do tempo necessário, pois poucas horas depois do parto eu vi a enfermeira recolhendo o lixo do cesto do banheiro com as próprias mãos e em seguida trazer meu bebê para a sua primeira mamada. Com certeza, eu não tinha a menor vontade de continuar vendo aquilo para me chatear ainda mais. Resolvi agir. Amamentei meu bebê e a mesma enfermeira continuou com suas tarefas e, por fim, depositou o lixo em um saco grande, não lavou as mãos e pegou novamente meu bebe quando chegou a hora de leva-la de volta ao berçário.
Mas eu queria ficar com o meu bebê! Minha mãe e avó tinham chegado para ficar comigo e naquele momento estavam em casa organizando tudo. Quando lhes falei sobre a minha indignação à respeito dos acontecimentos, elas logo vieram para o hospital, preocupadas com o fato de que não nos deixariam ir logo para casa. Eu disse à elas para que se tranqüilizassem e deixassem que eu resolveria a situação.





Primeiro, minha mãe perguntou onde ela poderia por minhas duas Yorkshire Terrier ou se haveria alguém que pudesse cuidar delas por algum tempo. Tentei explicar que elas eram parte da nossa família e que permaneceriam conosco.
A tarefa coube a minha avó que sempre foi mais realista quando eu precisei de sua ajuda. Então minha mãe levou minhas duas cachorrinhas para um salão de beleza para tomar outro banho, apesar de eu ter lhes dado banho dois dias antes. Depois de instalados em casa, apresentei meus dois cachorrinhos, pondo um de cada vez no berço da minha filha. Ela arregalou os olhos, sorriu e ficou feliz. É claro que eu precisava ficar atenta para que ela não os ferisse com suas mãos e pernas ainda sem controle dos movimentos. Minha mãe sorria enquanto observava, ainda sem ter a certeza de que eu estava fazendo a coisa certa. Todos os dias eles tinham esses encontros, enquanto eu explicava à minha mãe que aqueles cãezinhos também eram bebês, porém com cabelo mais bonito. O fato deles não falarem a mesma língua que nós foi uma benção, pois eles jamais encheriam a cabecinha dela com besteiras e ainda a ensinariam o que é o amor incondicional, fidelidade, companheirismo, de maneira que nenhum "animal humano" poderia ensinar com tamanha pureza. Eles cresceram juntos, unidos, entretanto com a supervisão continua e ensinamentos sobre a forma de tratar outras espécies de forma racional e sensível como a si mesmo.
Minha filha cresceu, tornando-se uma jovem adorável, amorosa e sensível, alguém que tem infinitas responsabilidades com seus cães e amor e respeito especiais por todas as criaturas vivas. Com certeza eu não apregoo ser a merecedora de todos os créditos, mas agradeço aos animais que tornar o meu trabalho muito mais fácil. Dizem que criar uma criança desde o começo junto com animais traz imunidade contra doenças. Apesar de várias experiências, sou completamente crédula. Apesar das preocupações de minha mãe, ela testemunhou que eu nunca tive contas a pagar com médicos por causa da minha filha, exceto dentista, uma vez ao ano e um dermatologista, por três vezes, devido a uma erupção persistente e resistente a alguns medicamentos. Cansada da situação, minha filha buscou a solução em revistas e livros sobre alimentação, descobrindo o quanto o leite é cheio de antibióticos, hormônios, etc, podendo causar diversas doenças. Ela parou de tomar leite e a alergia desapareceu. É impressionante como velhos hábitos e propagandas podem agir como lavagem cerebral.
A chegada de algo novo sempre vira a casa pelo avesso, nos tornando negligentes até mesmo com o que nos era tão familiar, inlcuindo nossos animais de estimação. Os animais são sensíveis à qualquer mudança na rotina e qualquer deslize na atenção dos humanos pode ter conseqüencias devastadoras. Eles passam a solicitar mais atenção, até mesmo através de um comportamento negativo, fazendo coisas como mastigar coisas, morder, sujar a casa. Infelizmente esta é a época que os animais acabam indo, sem necessidade, para abrigos. Entretanto, com alguns ajustes na rotina, os animais acabam vendo o novo membro da família como uma adição ao grupo em vez de ameaça à sua antes feliz existência.
Quando estiver preparando o quarto do bebê, deixe que o animal acompanhe tudo. Minha amiga gata dormia no carrinho até a chegada do bebê, mas um dia encontrou seu cheiro e não quis mais ficar lá, depois disso. Junte os brinquedos com som e movimento e convide amigos que também tenham bebês para que seu animalzinho possa se familiarizar com eles.Falar da chegada do bebê de forma positiva com o animal é de grande ajuda, já que eles podem sentir a mudança. Ajuste e estabeleça a rotina de alimentar, passear e todas as atenções para com seu bichinho de modo que possa ser mantida depois da chegada do bebê, de forma positiva. Desta forma, as mudanças em seu padrão de conforto não serão associadas ao bebê.
Apresente seu animal de estimação ao bebê trazendo para casa um cobertor com seu cheiro e então, quando o trouxer para casa, dê um agrado ao animal na presença do bebê, sempre se lembre de dar mais um pouco mais de atenção à ele.
Um amigo costumava manter uma tigela com biscoitos caninos perto da porta e todos os convidados que apareciam para visitar bebê ofereciam como um agrado ao cão da família antes de entrar para conhecer a criança.
Leve em consideração os sentimentos do seu animal que está inseguro, curioso e até mesmo enciumado, ou seja, todos os sentimentos que os irmãos e irmãs mais velhos encaram nessa situação.
Não existe jeito melhor de uma criança aprender sobre compaixão, consciência, respeito e amor do que através de um animal de estimação, principalmente um que tenha acompanhado toda a sua história, desde o princípio.
Apesar do caos ser algo inevitável com a chegada do bebê, racionalizar, ter paciência e flexibilidade deverão acompanhar você durante todo o processo.

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O PROBLEMA DOS LATIDOS

>> sábado, 24 de janeiro de 2009


Difícil encontrar quem já não tenha passado pelo incômodo dos latidos dos próprios cães ou mesmo dos cães dos vizinhos, gerando sempre aquelas reclamações, brigas e infindáveis situações desagradáveis. O cão que late muito, aquele latido crônico, aparentemente sem razão nenhuma é um transtorno, um aborrecimento que tira a paz e tranqüilidade de qualquer um. Este tipo de latido não é saudável inclusive para o próprio cão, pois estes latidores contumazes prejudicam a si mesmos gerando um círculo vicioso terrível, ou seja, quanto mais late, mais ansioso fica, passa a latir mais e isso causa stress no animal, provocando alterações no sistema imunitário, queda de resistência e em casos mais graves até úlceras.Por outro lado, analisando mais cuidadosamente o problema dos latidos, sabemos que todo comportamento tem uma causa e portanto, se a causa ou as causas da ansiedade do cão forem conhecidas e se possível eliminadas, este comportamento poderá ser modificado. Entretanto, se tentarmos solucionar o problema dos latidos por ansiedade sem saber a causa, poderemos causar outro problema, ou seja, o cão até poderá reduzir os latidos, mas começará a ter outro hábito desagradável como cavar o jardim, roer móveis, etc.Antes de mais nada vamos comentar algo sobre o latido para procurarmos identificar o tipo de latido, pois o latido envolve diferentes tipos de sons que representam várias mensagens passíveis de serem compreendidas. O cão muito jovem não pára de pedir socorro à mãe, geme por uma multidão de pretextos, quando está com frio, com fome, com dor, quando está só e até mesmo com vontade de evacuar. Por volta de uns 10 dias de idade, além de choramingar, protestar, já começa a vocalizar seus primeiros latidos.Quanto mais cresce, mais utiliza a voz. O repertório de sons varia com a freqüência, duração, ritmo, volume e o latido que de rosnado, uivado e ganido, passa a ser fruto de sábias misturas de sons e todos eles com significado próprio. Como tudo na natureza, este concerto não é nenhum ato gratuito e ao contrário do que muita gente pode pensar, ele tem uma razão para existir. Sempre o cão tem vários motivos para latir, para saudar o dono quando chega em casa, para convidá-lo para brincar, quando está contente, quando está com fome e sede, etc.. Quando um cão late à chegada de um estranho ou alguém rondando a casa, além de ser um sinal de advertência com o intuito de intimidar, o cão também está se esforçando para não ter medo e está procurando trazer outros cães ao seu lado, assim como fazia antigamente no estado selvagem. Já o ato de uivar é um modo de expressão dos mais contagiosos. Quando um cão uiva ele está sendo localizado por outros cães que mesmo a centenas de metros de distância, passam a responder seus apelos e o diálogo não tem fim. No mundo canino quando um cão quer ser tranqüilizado e pedir socorro, é através do uivo que ele se declara.Portanto os cães para se manterem saudáveis psicologicamente necessitam se manifestar e emitir sons. Já quando passam a latir em demasia, algo vai mal em sua vida. Sempre é bom lembrar que o cão não vive só de comida. Se ele está afastado do convívio familiar, isolado e amarrado no fundo do quintal, se está sendo provocado por estranhos no portão de casa, se está com medo, pedindo socorro, etc., poderá desenvolver comportamentos desagradáveis como o de latir em excesso. Depois quando este comportamento é aprendido o animal não pára mais de latir e geralmente bater e dar broncas não resolve mais o problema.O cão é considerado um animal social e para ele é fundamental algum tipo de convívio e afeto. Os passeios e exercícios são muito importantes para aliviar o estress, assim como os brinquedos e ossinhos que são destruídos e aliviam a tensão. É preciso verificar também se o cão está sadio, pois se tiver com algum desconforto, é necessário procurar algum veterinário para receber a orientação adequada sobre tratamentos e cuidados básicos. Hoje em dia existe formas de adestramento para ensinar o animal a latir menos e temos até coleiras anti-latidos. As técnicas de adestramento se baseiam em recompensas pelos comportamentos desejáveis e punição pelos indesejáveis. Por exemplo, se toda vez que o cão late, for levado um osso ou biscoito para acalmá-lo, estaremos justamente reforçando o problema. O melhor a fazer é ignorá-lo toda vez que ele latir. Se você fizer isso, ele estará fracassando e o fracasso sempre costuma ser uma ótima punição. Por outro lado, quando o cão não latir, deve receber carinho, atenção, biscoito, ou alguma coisa que o agrade. Com isso, rapidamente ele saberá com as repetições de punição e recompensa, o que o dono quer dele. Outra técnica utilizada é a da punição despersonalizada: toda vez que ele latir, jogamos água ou algo que o assuste. Neste caso, para que a técnica funcione, é muito importante que o cão não veja o dono, para que não associe o castigo com a presença do dono, mas sim com os latidos. Isso tende a inibir a repetição do comportamento do cão porque será feita uma associação do latido com o acontecimento desagradável.No caso das coleiras anti-latidos o cão também aprende a parar de latir em demasia. Esta coleira possui sensores que detectam o latido do cão. Quando o animal late, a coleira emite um pequeno choque, vibração, jato de citronela ou algo que cause desconforto e isso desencoraja rapidamente o animal a latir. Depois que o animal aprende, poderemos usar outra coleira enganando-o. Infelizmente, estas coleiras são importadas e raras no Brasil e além disso, o seu uso exige que todas as instruções e cuidados sejam seguidos para que o animal não seja prejudicado.Existe atualmente uma cirurgia que está causando considerável polêmica nas entidades protetoras de animais e até entre os veterinários, a cordotomia, a qual desliga as cordas vocais tanto de cães como de gatos evitando assim latidos e miados excessivos e como resultado passarão a emitir latidos e miados sussurrados. Os veterinários adeptos da operação dizem adotar a cirurgia em situação extrema , já que é irreversível e que por ser uma intervenção cirúrgica rápida (uns 15 a 20 min), afirmam que o animal não sofre nada. Nós da Policlínica Veterinária de Cotia acreditamos que a cordotomia é uma mutilação tanto física quanto psíquica, pois latir ou mesmo miar como já vimos anteriormente é de vital importância para os animais, pois é uma forma de comunicação dos cães e dos gatos e portanto não a fazemos e nem a recomendamos. A posse de um animal sempre deve ser responsável e quando resolvermos ter um cão ou um gato, ou mesmo outro tipo de animal, deveremos já ter em mente as conseqüências que irão advir. Poderemos inclusive procurar um adestrador, ao invés de expormos o animal a uma medida tão anti-natural, pois não temos o direito de tirar essa importante manifestação existencial do animal. Que dono não ficará agradecido se seu cão, ou mesmo o cão do vizinho latir e evitar que sua casa seja invadida por estranhos ou algum outro mal aconteça? Na verdade, cabe a nós seres humanos e inteligentes que somos procurarmos entender a mensagem contida da linguagem dos animais e sabermos captar seu apelo.



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PARASITOSES INTESTINAIS:

>> sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

ANCILOSTOMOSE OU OPILAÇÃO
Com os nomes acima, são conhecidas doenças causadas por vermes pertencentes ao gênero Ancylostoma e Necator, do filum Nematelminthes, onde estão agrupados os vermes que tem o corpo cilíndrico; Nesses gêneros, estão reunidas várias espécies parasitas tanto do homem quanto de animais, conforme detalhado abaixo:
Ancylostoma duodenale - Quase que exclusivamente parasita humano;
Ancylostoma braziliense - Primariamente parasita de cães e gatos, porém encontrado ocasionalmente também nos intestinos humanos
Necator americanus - Espécie que mais particularmente nos interessa, por ser a mais freqüentemente encontrada parasitando os intestinos do homem no Brasil e também dos animais herbívoros.
A doença é conhecida desde tempos imemoriais e caracteriza-se no homem quando o parasitismo é intenso, por também intensa anemia; Papiros egípcios de 1.600 A.C., já assinalavam a ocorrência da doença; Avicena, médico persa que viveu no século X da nossa era, foi o primeiro a encontrar os vermes nos intestinos de doentes e responsabilizá-los pela anemia decorrente, por serem os mesmos sugadores de sangue (hematófagos); Na Europa era a doença conhecida por Anemia dos Mineiros, tomando nomes diversos conforme o país em que era constatada. No Brasil era antigamente nomeada por Opilação, Amarelão ou Anemia Tropical. Nosso escritor Monteiro Lobato, em um de seus livros, retrata o personagem Jeca Tatu, que nada mais era que um indivíduo parasitado pelo verme, o que serviu pelo Laboratório Fontoura para a propaganda de medicamentos de sua fabricação indicados para o tratamento da doença.
Em 1838 Dubini, médico Italiano, autopsiando uma mulher milanesa, encontrou em seus intestinos o verme, descrevendo-o com detalhes e nomeou-o Ancylostoma duodenale, sem contudo suspeitar do seu papel patológico. Somente Griesinger, em 1851, demonstrou ser o parasita intestinal o causador da chamada Clorose do Egito, encontrando o verme nos intestinos de numerosos cadáveres que necropsiou e assinalando a presença de pequeninos pontos hemorrágicos na mucosa intestinal, produzidos pelo verme para o ato de sugar sangue de suas vítimas. J. Rodrigues de Moura, notável médico brasileiro, ainda quando estudante de medicina, em 1875, não só defendeu as idéias de Griesinger, como ainda emitiu a hipótese, mais tarde plenamente confirmada pelos trabalhos de Looss, da penetração das larvas do parasita, pela pele íntegra das pessoas, as quais mais tarde de tornam parasitadas pelos vermes, albergando-os em seus intestinos.
Trabalhos estatísticos efetuados no Brasil, comprovam que quase 100% da população rural, trabalhando na terra, muitas vezes descalça, está parasitada pelo verme.
A doença caracteriza-se pela presença do helminto nos intestinos de suas vítimas, os quais por serem sugadores de sangue, virão causar anemia do tipo espoliativa, de evolução lenta porém progressiva, acompanhada de perturbações gastrointestinais, depressão física e mental, podendo estas últimas serem muito acentuadas, obviamente, quando se tratar de pessoas e não animais.
Com relação às perturbações determinadas pelos vermes, devemos considerar àquelas cutâneas, no ponto de penetração das larvas dos vermes; as pulmonares, no trânsito da larva por esse órgão; e as intestinais, estas últimas pela localização do verme já na sua fase adulta, culminando pelas alterações da saúde, decorrentes do parasitismo, como a anemia que se estabelece e perturbações de natureza psíquica, hoje interpretadas como decorrentes de toxinas não só assimiladas juntamente com a saliva que o parasita deposita no ponto em que se instala nos intestinos para sugar sangue, como também contidas no próprio tubo digestivo onde o mesmo vive quando verme adulto parasita.
Pelo quadro mórbido retratado antes, torna-se fácil a explicação do ciclo evolutivo do parasita até chegar e se estabelecer nos intestinos de suas vítimas. Ovos embrionados eliminados juntamente às fezes de vítimas parasitadas, na terra, em condições favoráveis de umidade e calor, dão nascimento às larvas do verme, as quais nessa fase, medem em torno de 0,25 mm de comprimento, com diâmetro em torno de 0,017 mm, com variações de acordo com a espécie considerada do parasita. Continuando favoráveis as condições ambientes, processa-se seu desenvolvimento, sofrendo em torno de três mudas de pele, que é a forma que os vermes têm para crescer, recebendo nessas épocas, os nomes de larvas rabditoides de primeiro, segundo e terceiro estágios; É então, a larva, denominada infestante, por ter então capacidade de penetrar através da pele íntegra de pessoas e animais, quando então provoca severa irritação local, que se traduz por coceira intensa.
O pesquisador Looss, em repetidas experiências, não só provou a penetração da larva através da pele, como ainda descreveu o seu caminho até chegar aos intestinos de suas vítimas. As larvas estimuladas pelo calor da pele de seus futuros hospedeiros, atravessam a superfície da mesma, por entre as fissuras ou poros, valendo-se das bordas desses poros como suporte auxiliar de seu caminho posterior e penetram através das fissuras horizontais, folículos ou aberturas das glândulas sudoríparas, conforme a natureza da pele exposta.
No caminho de sua penetração na epiderme, a cápsula, ou segunda muda larvária, se ainda não inteiramente expulsa, é deixada. O maior número delas é encontrado nos capilares linfáticos do derma, e pequeno número penetram diretamente nos capilares sangüíneos; Algumas ficam vagando, muitas vezes, nas camadas superficiais da pele, penetrando no tecido gorduroso e não raro no muscular. As larvas que caem nos linfáticos, segundo Looss, são levadas primeiro aos gânglios linfáticos, onde muitas vezes são destruídas, atacadas pelas próprias células linfáticas de defesa, que se fixam firmemente à cutícula das larvas e as matam; Muitas delas, não sendo vítimas dessas células da defesa natural do organismo parasitado, atravessam os gânglios e caindo no ducto torácico e na corrente circulatória, sendo conduzidas pelos vasos sangüíneos, vão ter ao coração direito, de onde, são levadas pela artéria pulmonar até o próprio pulmão; Neste órgão, caem nos alvéolos pulmonares, possivelmente atraídas pela presença do oxigênio; Uma vez nos alvéolos, tendo caminhado a curta distância até os bronquíolos, o epitélio ciliado empurra as larvas pelo caminho restante até a boca. Este último caminho é apenas mecânico, estimulando a secreção de muco que embebe as larvas, provocando tosse; Tal tosse, chamada tosse chistosa, característica do parasitismo por vermes que efetuam o chamado Ciclo de Looss, acabado de ser descrito, é sintoma que serve para caracterização clínica do parasitismo.
A tosse que ocorre por irritação da mucosa, provocada pela própria larva embebida em muco, serve como meio de ser a mesma deglutida, caindo então no estômago e daí, para os intestinos, para completarem assim todo o caminho para se estabelecerem definitivamente neste último órgão, agora então como parasitas plenamente desenvolvidos, aptos a sugarem sangue de suas vítimas e causando todos os malefícios decorrentes.
Yokogawa, em 1926, fazendo experiências com o A. caninum, que é parasita habitual do cão, onde desenvolve, como no homem o seu irmão egênero A. duodenale, quadro patológico similar , constatou o referido pesquisador, que a maioria das larvas se desenvolve diretamente, sem migrações através da pele e poucas penetram nas paredes do canal alimentar. Como já referido anteriormente, a penetração da larva dos ancylostomideos através da pele, produz irritação e coceira, já comprovado por Looss em seus trabalhos.
No entanto, quando ocorre a penetração acidental de larva pertencente a determinada espécie, para a qual não é o hospedeiro sua habitual vítima, ocorre o fenômeno que se traduz pelo que é chamado em parapsicologia, de Localização Errática do verme, este não conseguindo dar continuidade ao seu caminho, caminhando sem rumo certo, nas camadas superficiais da epiderme.
DERMATOSE SERPIGINOSA Também chamada de Larva Migrans, nada mais é que a larva do Ancylostoma braziliense , que como referido anteriormente, é parasita habitual de cães e gatos, havendo penetrado acidentalmente na pele de uma pessoa, passa a vagar sem rumo sob a epiderme, provocando com essa irritação mecânica, forte coceira, o que lhe valeu o cognome no Rio de Janeiro, de "já começa", ou Coceira das Praias, por ser comum nas praias onde cães parasitados tenham acesso.
No Sul do Estados Unidos, tal dermatose é conhecida pelo nome de "ground itch", isto é, coceira da terra e em Porto Rico por "mazamorra". Os povos de língua inglesa, denominam-na de "creeping eruption", sendo na verdade uma síndrome, que se manifesta pela migração dentro da epiderme de vários agentes, dos quais os principais são:
Larvas de moscas: Moscas do gênero Gastrophilus e Hipoderma.
Formigas: Solonopsis geminata.
Larvas de nematóides: Espécies do Gênero Gnathostoma, Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliense.
Para o tratamento dessa dermatose, o tratamento local com medicamentos de ação anti-helmíntica, como o thiabendazol, tem-se revelado superior aquele antigamente utilizado, quando era utilizada aplicação de neve carbônica ou cloreto de etila e mesmo aplicação do Raio X.
Sendo os animais, principalmente cães quando parasitados, os responsáveis pela dermatose no homem, é essa uma das razões da proibição da presença de cães em praias.
Quanto ao tratamento para a Ancilostomíase, a atenção deve ser dirigida não apenas para expulsão dos parasitas adultos do aparelho digestivo dos indivíduos parasitados, mas também na administração de edicação que reponha o íon ferro e este na forma bivalente (ferroso), para que o próprio organismo refaça o pigmento vermelho do sangue (hemoglobina), retirado pelo verme através do ato de sugar sangue, quando albergado nos intestinos de seus hospedeiros. Assim, administração de anti-helmínticos de acordo com as características próprias da espécie a ser tratada, além de compostos ferrosos que sejam assimiláveis pelo organismo, como relatado anteriormente.
Para a profilaxia do mal, a infra-estrutura sanitária, responsável pelo tratamento tanto da água a ser bebida, quanto dos dejetos humanos, é de suma importância, sem a qual, torna-se impossível impedir que os ovos contidos nas fezes de pessoas e animais parasitados continuem seu ciclo, infestando novos hospedeiros.
Além das indicações acima, para a profilaxia não apenas dessa doença quanto das demais, tanto parasitárias quanto infecciosas, só a educação do homem e sua instrução, para corrigir erros oriundos de maus hábitos, decorrentes da ignorância.
GIARDÍASE OU GIARDIOSEO
primeiro cientista a ver o protozoário causador dessa parasitose, ao microscópio ótico que ele mesmo havia inventado, foi Leeuwenhoek, que verificou também estar ele próprio infestado. Porém, quem primeiro descreveu esse parasita foi Lambl, no ano de 1859 que na ocasião denominou-o de Cercomonas intestinalis. Mais tarde, Stiles colocou-o no gênero Giárdia e de acordo com as regras internacionais de nomenclatura, o nome correto para o agente causal dessa doença é: Giardia lambria.
Tem esse protozoário flagelado, o corpo em forma de uma pêra; arredondado anteriormente, delgado posteriormente, medindo 10 a 30 micra de comprimento por 5 a 15 de largura. Na face ventral encontra-se, de cada lado, um disco em forma de ventosa, quase circular, por meio dos quais o parasita se fixa à superfície das células epiteliais dos intestinos de seus hospedeiros parasitados. Tem ainda esse protozoário, quatro pares de flagelos(caudas), que se acham dispostos simetricamente com origens em blefaroplastos de disposições descritas de maneiras diversas por vários observadores. Tem também dois núcleos esse protozoário e não possui citóstoma. Tais protozoários flagelados multiplicam-se por um processo complicado de divisão longitudinal. A Giárdia se encista e seus cistos tem a forma ovóide e em indivíduos encistados, podem-se ver os flagelos movendo-se dentro dos cistos. Tais formas encistadas são muito comumentemente encontradas nas fezes de indivíduos parasitados. Só quando as fezes se apresentam diarréicas é que esse parasita se apresenta na forma chamada livre(vegetativa). Vistos a fresco(em exame direto ao microscópio ótico) são muito transparentes, necessitando corantes especiais para sua visualização, ou então exame em Campo Escuro(Cardióide) para sua perfeita visualização.
Dá-se por intermédio de alimentos ou bebidas contaminadas com fezes contendo cistos do flagelado. Tais cistos são muito resistentes ao meio externo. Vários autores, entre eles Roubard e Root (1921), verificaram a permanência de cistos vivos durante 24 horas no intestino da mosca, capaz, por meio de dejeções, de disseminar o parasita. Tejera em 1925 demonstrou a possibilidade desse parasita ser disseminado pelas fezes de baratas. Samuel B. Pessoa(Brasil), demonstrou que as baratas domésticas, coprófagas, podem se alimentar de fezes humanas e expelir, em suas dejeções cistos viáveis de Giárdia até 7 dias após a alimentação, bem como disseminar cistos por regurgitamento do material ingerido.
Epidemiologia: A Giárdia é um parasita cosmopolita e o mais freqüente dos flagelados parasitas do intestino do homem, de também de algumas espécies animais como cães, cavalos, cabras, coelhos, cobaias e algumas aves.
Patogenia e sintomatologiaVários patologistas e parasitologistas de renome, como Graig, não admitem o papel patogênico da Giárdia. Culbertson (1942) fala da ocorrência de Giárdias nas fezes de pessoas apresentando dores abdominais bem como da inflamação da vesícula, freqüentemente observada; porém, geralmente, a Giárdia desenvolve-se no intestino em associação com outros agentes patogênicos, tais como Entamoeba histolytica, provavelmente a responsável pela sintomatologia, apresentada nesses casos. Assim, segundo tal autor, a Giárdia não pode ser responsabilizada pela doença. Entretanto, tomando-se por base observações muito cuidadosas, em que foi eliminada a possibilidade de outras espécies patogênicas, sem dúvida alguma a Giardia lambria, em determinados casos, é agente causal de perturbações para o lado do aparelho digestivo. O próprio Craig descreveu milhares de trofozoítas de Giárdias nas criptas duodenais, inseridas as células por meio de seus discos sugadores, produzindo irritações superficiais ou agravando uma condição inflamatória existente, ocasionando assim, diarréia crônica. Clinicamente a doença apresenta em primeiro lugar, perturbações dolorosas não apenas para o lado intestinal quanto também para o lado do fígado, semelhantes aos de litíase vesicular. Quando de localização duodenal determinam duodenite, com dores na região epigástrica e simultânea perturbação do tipo dispéptico(vômitos). O homem parasitado, queixa-se de azias, náuseas, digestão difícil. As fezes diarreicas, apresentam-se líquidas, ou então moles com a consistência de mingau, muito fétidas, as vezes de coloração esverdeada. É também muito discutida a questão da Giardiose vesicular. Pietro Allodi, relata casos de colescistites por Giárdia, com sintomatologia simuladora de colelitíase, mas com o diagnóstico baseado na presença de Giárdias na bile.
Terapêutica: Vários produtos tem indicação no tratamento dessa parasitose, sendo os mais eficientes aqueles a base de atebrina, um derivado da acridina, ministrado na forma de comprimidos por cinco dias seguidos. Existem também novos quimioterápicos, igualmente eficientes contra o parasita.
Observações finais: É importante que o criador ou mero afeiçoado de cães não se preocupe em demasia com esse tema, quanto outros similares, sob pena de tornar-se doente imaginário, começando por enxergar doenças até em sua própria sombra, o que então será motivo de preocupação, agora não apenas sob o ponto de vista somático como também psicológico. Moderação necessária e bom senso são indispensáveis portanto. No mundo estamos cercados por outros seres, que como nós também necessitam e lutam para viver. Nossa vida deve ser compartilhada com todos, somente não devemos impassivelmente permitir, que outros seres vivos, alguns deles nocivos, ultrapassem os limites dessa co-participação universal.
DIPYLIDIUM CANINUM
São encontrados parasitando cães e gatos, o verme denominado cientificamente por Dipylidium caninum, Linné 1758. Referido parasita intestinal, é classificado em Parasitologia no filum dos PLATELMINTOS, pelo fato de ter seu corpo achatado no sentido dorso ventral, e chamados vulgarmente por Tênias. Mede quando adulto em torno de 15-20cm de comprimento por 2-4mm de largura. Seu chamado Escolex, ou seja, sua cabeça mede em torno de 250-500 micra de largura e também como o corpo, achatado dorso-ventral, apresentando quatro ventosas ovais sem ganchos (inermes). Seus proglotes maduros, ou seja, seus anéis, medem 7-12x 1,5-3 mm, e de coloração rosada, e forma elipsóide. Seus poros genitais estão localizados bi-lateralmente em sua zona média da margem do proglote. Para quem não tem noção de zoologia, esclareço que o verme classificado nesse grupo (Platelmintos), tem o corpo constituído de anéis, que são chamados proglotes, sendo cada anel na realidade um organismo completo, possuindo todos os órgãos vitais, e vão progressivamente se desprendendo do corpo do verme, a medida que alcançam a porção terminal, devido atingirem seu amadurecimento completo. Quando maduros, contêm em seu interior, os ovos do parasita, quase sempre aglomerados formando o que se chama em citologia de um sincício. Agora a informação que mais de perto interessa a todos os criadores de cães e gatos: Referido parasita determina cólicas nos animais parasitados, além das suas fezes apresentarem quase sempre presença de muito muco e algumas vezes até sangue, este conseqüência de hemorragias provocadas no ponto de fixação do parasita nos intestinos. Quando albergados em grande número num único animal determinam agitação do mesmo, devido às cólicas intestinais que provocam, alem de interferirem na digestão e mesmo no aproveitamento dos alimentos ingeridos pelo animal. Podem algumas vezes ser vistos nas fezes dos animais, quando recém eliminadas e mesmo com a vista desarmada, quando então apresentam muita movimentação, que cessa progressivamente com a perda de calor pelos dejetos eliminados. Para seu tratamento, requerem administração de vermífugos especiais, específicos para o mesmo, motivo pelo qual recomenda-se sempre, prévio exame de fezes do animal, e não simplesmente administração indiscriminada de vermífugos.
Carmello Liberato Thadei - Médico Veterinário - CRMV-SP-0442

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DICAS PARA EVITAR MORDIDA DE CACHORRO

>> quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Mordidas de cães é assunto sério! Algumas podem ser muito perigosas, mas na maioria das vezes é possível sim evitá-las. Para isso, primeiro é preciso entender quais são os motivos que podem levar o cachorro a reagir dessa maneira diante de algumas situações.
Este artigo te ajudará nesta tarefa.
Dentes em ação
Geralmente, os cães mordem quando se sentem ameaçados ou com medo. Ou ainda para proteger seu território, os filhotes, a comida e até os brinquedos! Quando estão com dor ou irritados, também podem morder. Por isso, é importante tanto observar o seu animal de estimação, quanto policiar as suas próprias ações podem ajudar a prevenir ataques.
Toma lá, dá cá…
Algumas atitudes que parecem inocentes pra nós, podem representar uma baita ameaça para os cães. Olhar o cachorro fixamente nos olhos é um ótimo exemplo disso. Pra você pode não ser nada, mas ele talvez se veja num confronto. Encurralar o animal num canto ou se curvar sobre ele são duas situações que têm grandes chances de acabar mal. O melhor mesmo é ficar de lado para o cão, para que ele não se sinta ameaçado.
Sem apertar!
Sabe aquele abraço super carinhoso que a gente adora dar nos cachorros? Pois é… nunca faça isso se você não tiver certeza absoluta de que o cão é extremamente dócil.
Procure também sempre manter seu rosto a uma distância razoável do cachorro. A maior incidência de mordidas ocorre justamente nesta parte do corpo.
Te conheço por acaso?
É muito comum a gente ver um cão passeando na rua e querer passar a mão, fazer carinho… É quase que automático, principalmente para os apaixonados por cachorro.
Mas é muito importante tomar alguns cuidados. Sempre pergunte ao proprietário se o cão é dócil e se você pode fazer carinho nele. Normalmente, quando percebem que o dono está relaxado e agindo de forma natural diante do estranho, os cães se sentem mais confiantes.
E antes de qualquer interação, deixe o cachorro cheirar você. A aproximação deve ser feita pelo proprietário, e se quiser chegar perto do cão, mexa-se devagar e com movimentos leves. Converse com o dono, como se não estivesse nem aí pro animal. Só então estenda a mão para o cachorro cheirá-la. Mantenha o braço relaxado e o punho cerrado, evitando assim mordidas nos dedos.
Sou da paz!
Quando perceber que o cachorro já está se sentindo seguro e tranqüilo, acaricie seu peito e embaixo do pescoço com a mesma mão que ele estava cheirando. Os cães se sentem menos ameaçados nessas partes do corpo do que quando recebem carinho na cabeça, por exemplo.
Nesse momento, a maioria dos cachorros já está agindo como se você fosse um velho conhecido. Mesmo assim, seja prudente: quando decidir parar de fazer carinho, tire a mão devagar, sem movimentos bruscos.
Porém, existem também aquelas mordidinhas que, nada mais são que uma forma de “brincar” e quem tem filhotes conhece muito bem. Então, não perca no próximo artigo algumas dicas sobre como evitar que os dentinhos afiados dos pequenos se tornem um problema inconveniente no futuro.

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DEVERES DO DONO

>> terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Quanto a aquisição:
Conhecer as características da raça que deseja adquirir e só adquirir um cão da raça se estas características forem compatíveis com seu estilo de vida.
Adquirir o cão apenas de criadores idôneos, quando optar por um cão de raça.
Certificar-se da boa saúde de um novo cão antes de "apresentá-lo" aos cães que já possuir.
Não expor um novo cão a um ambiente onde viveu um cão portador de doença infecto-contagiosa (ex: Parvovirose, Cinomose), antes do prazo mínimo e cuidados para desinfetar o ambiente.
Quanto aos passeios:
Transportar o cão de maneira segura durante passeios e viagens de automóvel.
Não manter o cão preso dentro de automóvel fechado, principalmente quando este estiver estacionado sob o sol.
Conduzir o cão na guia durante passeios. Mais do que evitar um ataque por parte do seu cão, evitará que o mesmo seja ferido ao travessar uma rua indevidamente ou ataque de outros cães.
Recolher a sujeira que o cão "produza" nas vias públicas.
Responsabilizar-se por qualquer eventual transgressão do cão.
Cuidados gerais:
Educar o cão, com adestramento básico, utilizando técnicas que não aumentem a agressividade natural do cão (raças de guarda) ou o maltratem.
Manter seu cão em segurança, impedindo que fuja ou seja atacado por cães de rua ou pessoas maldosas.
Manter o cão vacinado e vermifugado, seguindo as orientações do veterinário.
Alimentar o cão com ração de boa qualidade e conservada adequadamente. Se optar por comida caseira, assegurar-se de que o cão receba todos os nutrientes necessários.
Manter água limpa e fresca sempre à disposição do seu cão.
Não permitir que o cão fique exposto ao calor ou frio excessivo.
Providenciar um local protegido da chuva e sol quando acomodado em ambiente externo.
Castrar/esterilizar seu cão ou assegurar que ele não se reproduza em caso de doenças geneticamente transmissíveis.
Não contribuir para o aumento da população de cães de rua.

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PERIGO DOS MEDICAMENTOS SEM ORIENTAÇÃO

>> segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Como Profissionais da área de saúde, os veterinários se deparam diariamente com problemas causados por medicamentos ministrados pelos proprietários aos seus animais de estimação.
Quando um animal está doente, o seu proprietário sente uma irresistível vontade de tentar medicá-lo por conta própria. Isso geralmente se transforma em um desastre. Ao comprar um medicamento indicado por um balconista de loja ou de farmácia, a chance de causar danos irreparáveis ao organismo do animalzinho é muito maior do que o seu preocupado dono pode imaginar. Quando o animal consegue se curar, sabemos que ele se curou apesar do medicamento. Teve sorte.
Um bom exemplo podemos tirar dos medicamentos à base de Diclofenaco (sódico ou potássico) como o Voltaren ou o Cataflan (indicados para humanos). Esses medicamentos podem até levar o animal à morte por úlceras gástricas e intestinais quando ministrados pelos proprietários. Um inocente AAS pode causar uma devastadora gastrite e medicamentos à base de sulfa podem causar a morte de seu gato. Muitos outros exemplos podem ser citados, mas a intenção deste artigo é alertar e não se transformar em um compêndio.
Um caso interessante e triste aconteceu em uma clínica de São Paulo. Um gato havia sido atropelado e fora levado para a clínica algumas horas depois. Ao exame, o veterinário não constatou nenhuma lesão óssea, muscular ou de pele. Ou seja, O animalzinho havia escapado ileso do atropelamento. No final do dia o animal retornou com vómito com sangue seguido de diarréia, também com sangue. Todas as tentativas em salvar o animal foram frustradas. Ao conversar com o proprietário, o veterinário descobriu que o mesmo havia dado Diclofenaco Sódico para o animalzinho logo após o atropelamento. Na tentativa de tirar-lhe a dor, o proprietário causou a sua morte.
O caso acima é verídico e muito triste, e é somente um entre os milhares que acontecem diariamente em nosso país. Cabe aos proprietários a posse responsável do animal e, sempre que este estiver doente, consultar um Médico Veterinário, nunca perguntar ao vizinho ou ao balconista.
Guarde bem: se o seu sapato furar, leve ao sapateiro; se o seu carro quebrar, leve ao mecânico; se o seu animal ficar doente, leve ao Veterinário.
REDEVET

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O FUMO TAMBÉM FAZ MAL PARA OS ANIMAIS!

>> domingo, 18 de janeiro de 2009

Parar de fumar não está nos seus planos imediatos? Pena. Por você e por todos ao seu redor, incluindo o pet que mora na sua casa. Ele também é vítima das baforadas. Tem gente que nunca parou para pensar, mas o animal doméstico que convive com cigarro do dono também é um fumante passivo. E sofre com isso pois eles ficam sujeitos a rinites, outras irritações nasais e até câncer.
Todos já ouvimos infinitas vezes, mas não custa repetir: o tabaco contém dezenas de substâncias cancerígenas e milhares de outras toxinas que possuem efeito acumulativo. Quem está por perto, bichos incluídos, acaba inalando cerca de 85% desse mix venenoso expelido na fumaça.
Alguns trabalhos realizados mundo afora comprovam os efeitos nefastos em animais domésticos. No Brasil ganha destaque o estudo do veterinário Marcello Roza que, em sua dissertação para a Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, a UnB, relata as conclusões de uma pesquisa feita com 30 cães da raça yorkshire. Quinze deles tinham dono fumant, e todos os integrantes desse grupo, sem exceção, apresentaram algum tipo de estrago no sistema respiratório por causa da exposição constante à nicotina, ao alcatrão e companhia.
A encrenca mais comum atende pelo nome de antracose — lesão provocada por partículas de poluentes que se instalam nos pulmões, formando pigmentos negros. O agravamento do quadro pode levar ao câncer pulmonar, e a ameaça cresce se a raça do cachorro for dotada de focinho curto (bulldog, pug, shi tzu etc), que não filtra o ar tão bem. Já para os cães que têm essa parte mais alongada, o perigo é um tumor nos seios nasais e como o tempo de vida do bicho é breve (em relação ao homem), a doença se desenvolve mais rapidamente.
As raças mais prejudicadas pelo fumo passivo são as de pequeno porte. É que esses animais tendem a ser mais caseiros e, portanto, ficam mais próximos do dono — e da fumaça do dono. Não é justo com o pobre animal, portanto, se você ainda não se convenceu de que o melhor mesmo é abandonar o vício — e por todos os motivos que já está cansado de saber —, pelo menos trate de apagar o cigarro quando seu fiel escudeiro estiver por perto.
Segundo estudos do Departamento de Bioestatística e Epidemiologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, os gatos que vivem em casa de fumante são duas vezes mais vulneráveis ao linfoma felino do que aqueles que não ficam expostos à fumaça alheia. Esse risco cresce quanto maior for o tempo em que são obrigados a inalar as substâncias tóxicas. O linfoma felino (popularmente denominado AIDS felina) bota as defesas do animal no chão — e ele morre.
É importante alertar que os componentes do tabaco ao serem absorvidas nas células, formam ligações, que se juntam ao DNA — conjunto de moléculas que carregam a informação genética. Isso dispara modificações naquela célula, que tanto podem levá-la à morte quanto transformá-la em maligna, capaz de originar um câncer.
Nestes tempos de discussão pela preservação do planete, tome consciência. Seu bicho virou amigo, é companheiro para o que der e vier, mas, por favor, mantenha-o bem longe do cigarro que você teima em acender.

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DICAS ANIMAIS

>> sábado, 17 de janeiro de 2009


1) Problemas de verão:
Cachorros não suam portanto no calor, nunca deixe seu cachorro no carro. Mesmo com os vidros abertos, o animal pode ter danos cerebrais ou até mesmo morrer em 10 minutos. Sempre deixe seu cachorro à sombra (de preferência sob uma árvore ao invés de dentro de uma casinha de cachorro pois estas absorvem calor). É muito mais seguro deixar seu cachorro dentro de casa durante os dias muito quentes. Para combater as pulgas, penteie seu cachorro com um pente especial para que os ovos possam ser removidos também e use um spray contra pulgas tanto no animal quanto no carpete.
2) Identificação do Animal:
Uma identificação visível pode salvar a vida de gatos e cachorros. Acidentes acontecem e quando eles ocorrem, animais perdidos dependem da identificação em sua coleira contendo o nome, endereço e telefone dos donos. A cada 3 meses, verifique se a coleira não está muito apertada.
3) Pássaros devem ser livres:
Pássaros nasceram para voar e para estar com outros pássaros. Nunca compre um pássaro num Pet Shop. Se você já possui um pássaro, não corte suas asas e deixe-o voar livremente. Pense em enviar pássaros solitários para um abrigo onde ele possa estar em contato com outros de sua espécie.

4) Pequenos detalhes significam muito:
Brincar e dar atenção ao seu animal regularmente significa muito para ele pois que ele passa o dia esperando você voltar do trabalho. Comida, água, abrigo e consultas regulares ao veterinário são fundamentais mas animais são seres sociais que adoram companhia mais do que qualquer coisa. Não ignore aquele rabinho alegre, deixe seu gato se aconchegar perto de você enquanto você lê o seu jornal diário e não se apresse quando for passear com seu cachorro: esse é o tempo que eles tem para explorar o mundo e tantos cheiros diferentes.

5) Vai viajar com seu bichinho de estimação?
Cuidado! Se você vai viajar de avião, escolha uma companhia aérea que permita que o animal seja transportado num compartimento especial e não no de carga. O compartimento de carga não possui boa ventilação e a temperatura não é regulada. Muitos são os animais que se machucam ou mesmo morrem durante viagens em compartimentos de carga, portanto se a sua companhia aérea não permite que seu bichinho de estimação voe num compartimento especial, a melhor opção seria dirigir ou procurar um modo mais seguro de transporte.

6) Não deixe seu cachorro preso:
Cachorros gostam de estar onde você está. Cachorros são animais sociáveis que adoram correr, brincar e obter atenção. Deixar seu cachorro preso pode deixa-lo infeliz e fazer com que ele venha a ter problemas de comportamento. Se você conhece um cachorro que passou toda sua vida numa corrente, converse com o dono do animal e ajude-o a compreender como a sua liberdade é importante.

7) Castre seu bichinho de estimação:
Gatos e cachorros, todos devem ser castrados. A cada hora, 2.500 cachorros e gatos nascem no Sudeste do Brasil (muito mais animais do que pessoas interessadas em adota-los). Milhões de animais são abandonados, ficam doentes e acabam sendo mortos pelo centro de Zoonoses. Evite que isso aconteça castrando seu animal e divulgando esta informação entre as pessoas que conhece.

8) Se você precisa desistir de um animal:
É muito importante que você procure um outro dono para ele com muito cuidado. Cuidado para não doar o animal para pesquisas ou outros tipos de atividades ilícitas. Cheque se a pessoa interessada tem boa conduta e não tenha medo de dizer não se você acredita que o animal não estará em boas mãos. Se você não encontrar um outro dono, leve o animal à um abrigo conhecido e procure ter certeza de que ele não passará o resto de sua vida numa gaiola.

9) Nunca ignore animais perdidos ou machucados:
Nas ruas eles podem ser vítimas de maus tratos, atropelamentos e doenças além de poder se reproduzir (tornando o problema de super-população ainda maior). Quando o animal está perdido, você poderia ajudar muito tentando achar os seus donos. Se ele estiver nas ruas, procure afastá-lo de avenidas e ruas de maior movimento.

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