MAPA MOSTRA ONDE SALVAR CARNÍVORO É BOM E BARATO

>> sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um estudo que tenta adequar os esforços para salvar espécies ameaçadas à realidade econômica acaba de mapear lugares onde preservar mamíferos carnívoros é não apenas bom, mas também barato. Após listar as regiões mais críticas no mundo usando só critérios biológicos, os cientistas cruzaram os dados com o preço de mercado do metro quadrado dos locais onde esses animais vivem.
O resultado do trabalho, apresentado em forma de artigo científico na edição de quinta-feira (27) da revista "PLoS One", é um mapa inédito, que mostra onde é mais viável, economicamente, preservar carnívoros ameaçados de extinção. Esse grupo animal é importante porque está no topo da teia alimentar.
"Temos um mapa para mostrar aos investidores. Entre as áreas que já são prioritárias, essas estão na frente, por critério científico e econômico", diz Rafael Loyola, coordenador do Laboratório de Ecologia Aplicada e Conservação da UFG (Universidade Federal de Goiás). O cientista assina o trabalho ao lado de outros seis pesquisadores, todos de instituições brasileiras.
"É verdade que os valores são médios e podem variar bastante dentro de uma mesma região estudada. Mas, como os recursos para a conservação são sempre escassos, o mapa pode ser uma ferramenta importante", afirma Loyola.
O Brasil, mais precisamente o cerrado, aparece em vermelho nesse zoneamento econômico da preservação dos carnívoros mundiais. "Nessa região, bichos como a onça-pintada e o lobo-guará, por exemplo, estão entre os mais ameaçados."
Corrida fundiária - Somadas todas as 15 regiões "insubstituíveis" para a conservação dos grandes carnívoros, indicadas no mapa, são 11,4 milhão de quilômetros quadrados que precisam ser monitorados (pouco mais de 2% da superfície total da Terra).
O valor médio desse quilômetro quadrado, segundo o estudo, sai pela bagatela de US$ 932 mil - só US$ 0,9 o metro quadrado, aproximadamente.
O mapa não é para nenhum corretor sair com ele embaixo do braço, tentando vender trechos de terra no varejo, lembram os cientistas.
Como animais ameaçados como os tigres da China e os coiotes das montanhas Rochosas (EUA) precisam de muita área para sobreviver, a conservação só vai mesmo ocorrer se áreas extensas forem transformadas em zonas de proteção.
"Os grandes investidores, neste caso, devem ser as ONGs internacionais, os governos ou até mesmo os grandes proprietários de terra", diz Loyola.
Hoje no Brasil, por exemplo, donos de terra podem ter isenção fiscal caso resolvam deixar sua vegetação nativa intacta.
Entre áreas mapeadas agora, as da África, indica o pesquisador da UFG, são ainda mais baratas em comparação com as demais. África Central e Madagascar, na opinião de Loyola. (Fonte: Eduardo Geraque/ Folha Online)

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PALESTRA, VÍDEO E DEBATE: SEA SHEPHER BRASIL E A DEFESA JUDICIAL DOSTUBARÕES: UMA LUTA PELA VIDA

>> terça-feira, 18 de agosto de 2009


Com debate e apresentação do filme Sharkwater, de Rob Stewart, aclamado pelo público e vencedor de mais de 21 prêmios de melhor documentário
A Sea Shepherd Brasil, braço brasileiro da Sea Shepherd Conservation Society, ONG internacional de defesa da vida marinha, lançou dia 1º de abril de 2009 campanha nacional em defesa dos tubarões, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância e fragilidade desses animais. A atividade tem como “Capitais” na América Latina Galápagos, no Equador, e Costa Rica. No Brasil a Sea Shepherd já identificou, com a ajuda do IBAMA, empresas que atuam ilegalmente de Rio Grande, RS ao Pará. Anualmente, mais de 100 milhões de tubarões são mortos, o que já dizimou com 90% da população mundial. No Brasil, cerca de 43% destas espécies estão ameaçadas de extinção e no ritmo atual, muitas espécies estarão extintas em menos de dez anos. A campanha é uma extensão dos esforços internacionais da Sea Shepherd em proteger tubarões e combater a prática do finning (extração de barbatanas dos animais ainda vivos, para atender ao mercado asiático de sopas e cápsulas de barbatanas).

No dia 7 de maio a Sea Shepherd Brasil formou uma aliança com as ONGs Instituto Justiça Ambiental – IJA e Instituto Litoral Sul, para dar início a uma luta judicial na Justiça Federal de Rio Grande, RS, com o ingresso de ação civil pública visando indenização superior a R$ 62 milhões pelos danos irreversíveis causados pela captura ilegal de cerca de 36 mil espécies de tubarões em extinção. A autuação foi feita pelo IBAMA, à luz do dia.
O documentário Sharkwater, do biólogo e mergulhador Rob Stewart, tem como objetivo desmistificar a qualidade de “assassino” erroneamente atribuída a estes animais – essenciais à manutenção da vida no mar e na terra - tal como fez Steven Spielberg pelo filme Tubarão. O filme também tem caráter investigativo, pois o próprio Rob Stewart entra com uma câmara escondida dentro de um dos maiores entrepostos de pesca de tubarões na América Latina, desbaratando um esquema ilegal milionário e mundial que já é mais lucrativo que o tráfico de drogas. O biólogo e cineasta Robert Stewart cultiva desde criança grande admiração por estes seres vivos que são mais antigos do que os dinossauros, e começou a mergulhar com eles desde muito cedo. Percebendo que tentar conscientizar o público através de fotos e panfletos não trazia resultados efetivos, resolveu produzir o tocante filme que acabou ganhando mais de 21 prêmios internacionais de melhor documentário. O evento contará com uma capacitação em ações civis públicas, com foco na ação judicial movida pela Sea Shepherd em defesa dos tubarões no Brasil, tendo ao final a apresentação do filme Sharkwater e debates.
Professor: Cristiano Pacheco - Advogado, Diretor Jurídico Voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil, Diretor Executivo do Instituto Justiça Ambiental-IJA, líder-parceiro AVINA, Pós-Graduado em Direito Ambiental pela UFPEL, Membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB/RS, autor de teses e publicações de artigos em diversos congressos nacionais e internacionais, colaborador da obra Direito Ambiental em Evolução 5, de Vladimir Passos de Freitas, monitor do curso de capacitação em meio ambiente para Municípios do RS pela FAMURS (Federação das Associações de Municípios do RS), promovido pelo Ministério do Meio Ambiente, Banco Mundial e Petrobrás.
Programa:
1. A necessária diferenciação entre o bem individual e o bem coletivo difuso.
2. Conceito e abrangência do bem ambiental3. Evolução do pensamento: Descartes e Capra
3.1. Direito Ambiental Pós-Moderno
4. Princípios do direito ambiental
5. Breve histórico da ação civil pública no Brasil.
6. A Lei 7.347/85 que regula a ação civil pública.
7. Legitimidade ativa e o importante papel das ONGs na proposição de ações civis públicas.
8. Inquérito civil público.
9. Colheita de provas anterior ao ingresso da ação civil pública
10. A Lei 10.650/03 e a obrigação dos órgãos ambientais em fornecer documentos
11. Medida cautelar em ação civil pública: exibição de documento e protesto contra alienação de bens
12. Teses doutrinárias: o Dano Ambiental Potencial (in re ipsa) e o Dano Ambiental Integral.
13. O Parecer Técnico na ação civil pública ambiental
14. A tutela legal das áreas costeiras: restingas, dunas e manguezais
15. Breve histórico da pesca predatória no Brasil.
16. As estatísticas e a gestão ambiental do setor no Brasil.
17. A inexistência de licenciamento ambiental na atividade da pesca de arrasto marinho. Art. 225, CF e Resolução 237 do Conama.
18. Descrição dos danos e efeitos irreversíveis da pesca predatória de arrasto.
19. Aplicação do conteúdo ministrado aos precedentes judiciais obtidos junto ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região, em ações civis públicas movidas pelo Instituto Sea Shepherd Brasil.
20. A campanha em defesa dos tubarões e a ação judicial movida em Rio Grande, RS.
21. Ação civil pública como instrumento de educação e cidadania ambiental.
22. Apresentação do filme Sharkwater e debate ao final.


Local: Centro de Estudos do Mar Onda Azul, Rua Gerardo, 63, sala 1306, Centro, Praça Mauá. Rio de Janeiro, RJ - Brasil

Data: 27 de agosto de 2009, quinta-feira

Horário: 17h00

Investimento: R$ 60,00 ou 6 X R$ 10,71
Inscrições pelo www.seashop.org.br

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O QUE ACONTECERÁ CONOSCO QUANDO OS OCEANOS MORREREM?

>> domingo, 16 de agosto de 2009


“É desse jeito que o mundo acaba
É desse jeito que o mundo acaba
É desse jeito que o mundo acaba
Não com um tiro, mas com um gemido”
T.S. Elliot – The Hollow Men (Os Homens Rasos).

Durante o episódio da Segunda Temporada de Whale Wars, na qual o gelo Antártico está abalando e estressando a estrutura de meu navio, grande parte de minha equipe e das pessoas que assistiram os dramas dos encontros com o gelo ficaram confusas com minha aparente falta de preocupação.
Eu tinha a situação sob controle, claro, logo não havia nada para se preocupar além do costumeiro cuidado e precaução que se devem ter quando navegando por águas congeladas em locais remotos.
Mas o que me deixou confuso foi que tantas pessoas estavam preocupadas e chocadas com que a estrutura do meu navio fosse ser danificada enquanto mantinham-se cegas ao abalo e estresse na estrutura biológica da nave que se chama Planeta Terra.
A imensa nave esférica que carrega todos nós pelo breu do Espaço está nesse momento sendo assolada por severo estresse, e engenheiros ecológicos sabem que nós temos uma situação muito séria em nossas mãos, tão séria que ameaça a sobrevivência e o futuro de todo a espécie humana.
Está acontecendo nesse momento. Eu não estou especulando sobre um futuro distante. A primeira rachadura em nosso sistema de suporte global está abrindo-se agora e nós estamos prestes a presenciar a primeira grande falha no sistema.
Nós estamos na iminência do primeiro grande colapso de ecossistemas da Homocena.
A Homocena é a 6ª maior extinção em massa na história do planeta. A última grande extinção foi a do período Cretáceo há 65 milhões de anos. Foi o acontecimento que varreu os dinossauros da face da Terra. Nos últimos 540 milhões de anos houve 5 grandes acontecimentos, quando mais de 50% das espécies morreram.
Este, o 6º, é chamado de Homocena, porque uma espécie como a nossa, é responsável por esse catastrófico evento que testemunhará a extinção de mais plantas e animais entre 2000 e 2065, do que se perdeu em 65 milhões de anos.
Este é um enorme desastre, maior do que qualquer guerra, Tsunami, terremoto ou incêndio, ainda assim, seria difícil ver nos jornais e televisão qualquer demonstração de senso de urgência ou maiores preocupações.
Essa semana, Charles Veron, ex-cientista chefe do Instituto Australiano de Ciência Marinha declarou que: “Não há saída. A Grande Barreira de Corais chegará ao fim dentro de aproximadamente 20 anos.”
De acordo com Veron: “Uma vez que o dióxido de carbono atinge os níveis previstos para o período de 2030-2060, todos os recifes de corais do mundo estarão fadados à extinção... Eles seriam o primeiro ecossistema do mundo a colapsarem. Eu tenho o apoio de cada cientista de corais, cada organização de pesquisa. Eu falei com todos eles. Isso é crítico. É realidade.”
Os comentários de Dr. Veron aconteceram quando a Sociedade Zoológica de Londres, a Sociedade Real e o Programa Internacional do Estado dos Oceanos (IPSO) realizaram uma reunião crucial em Londres sobre o futuro dos recifes de corais. Em uma declaração conjunta, eles anunciaram que, na metade do século a extinção dos recifes de corais pelo mundo seria inevitável.
De acordo com uma reportagem da página na internet do jornal “New York Times”, o aquecimento da água causa pólipos nos corais que provocam a eliminação das algas que os fornecem nutrientes. Esses eventos estavam alastrando-se durante o fenômeno “El Niño” em 1997-98, e acontecimentos localizados estão tornando-se mais frequentes. (durante o El Niño, a maior parte do Pacífico tropical tornou-se atipicamente quente). Corais levam décadas para recuperar-se, mas de 2030 a 2050, dependendo das emissões e suas consequências, o alastramento destes pólipos nos corais estará ocorrendo anualmente ou bienalmente.
Apesar da temperatura da superfície dos mares estarem aumentando mais rapidamente em regiões tropicais, a outra grande ameaça aos recifes de corais vem de latitudes maiores. A água gelada absorve mais dióxido carbônico atmosférico do que águas mornas e acidifica mais facilmente.
Quando a concentração de dióxido de carbono atingir entre 480 e 500 partes por milhão, a água morna não será barreira para a acidificação, e o pH nas regiões equatoriais terá despencado tanto que significa maior acidez, que o crescimento dos corais tornar-se-á impossível em qualquer lugar do oceano.
“Os recifes de corais são os ecossistemas marinhos mais sensíveis.” Disse Alex Rogers, cientista diretor do IPSO.
“O aumento na temperatura e a diminuição no pH terá um efeito dublo. Os corais estavam seguros com os níveis de CO2 em 350 partículas por milhão. Nós estamos em 387 ppm hoje. Ultrapassando 450, o futuro dos corais está condenado.” Ele prosseguiu.
Nos 5 acontecimentos de extinção em massa, a chave estava no ciclo do carbono, onde o dióxido de carbono foi o protagonista. Sua concentração na atmosfera é o mais alto que já esteve em 20 milhões de anos. Na extinção Permian, como em todas as grandes extinções, corais tropicais são os mais gravemente afetados. Sua reposição leva mais de 10 milhões de anos.
A Grande Barreira de Corais, o maior e mais diverso eco-sistema marinho do mundo, rende à Austrália 4,5 bilhões de dólares ao ano. Pelo mundo, os corais valem 300 bilhões. “Mas isso é trivial comparado com os custos no caso dos corais serem extintos. Logo, não será uma questão de falta de lucro, mas sim de meios de sustento, economia e ecossistemas.” Disse Dr. Veron.
O anúncio da morte certa do sistema de recifes de corais mundial, incluindo a Grande Barreira de Corais, foi recebido com bocejos e apatia pela mídia e opinião pública. 20 anos é muito longe para captar os interesses de políticos e, com a Jennifer Aniston tentando voltar com o Brad Pitt, fica difícil mesmo do público não se distrair.
O mundo está em luto pela morte de Michael Jackson, mas dificilmente nota se a morte iminente da Grande Barreira de Corais e dos milhões de espécies que dependem dos corais para sobreviverem.
Como o poeta Leonard Cohen disse uma vez: “nós estamos acorrentados ao nosso sofrimento e o nosso prazer é a nossa sentença.”
Enquanto nos divertimos, os oceanos e o planeta estão morrendo.
O prognóstico não é muito bom. Com 90% dos peixes do mundo já extintos e com um colapso já irreversível acontecendo no presente momento, a situação é quase sem esperanças.
Mas tenho fé que podemos ressuscitar os oceanos, se pudermos interromper a destruição, e rápido.
A causa deste colapso iminente dos ecossistemas é uns 7 bilhões de seres humanos sugando a vida dos oceanos como vampiros deslumbrados.
Não é questão de dizer que nós poderíamos estar fazendo todo o possível para salvar nossos oceanos, mas sim que poderíamos fazer o possível e mais. Não temos mais escolha. Derrota em agir, derrota em reverter a situação tem apenas uma conseqüência – colapso do ecossistema global, ou, em outras palavras, a completa derrota do sistema de suporte de vida para a nave espacial chamada Terra.
O mundo está cheio de trouxas ecológicos, que negam a realidade ecológica. O mundo está cheio de hordas de descerebrados obcecados com trivialidades mesquinhas ou distraídos por fantasias provenientes de religiões bobas e entretenimento.
O que falta ao mundo são engenheiros ecológicos e guerreiros prontos e dispostos a endereçar as ameaças ao nosso planeta e, especialmente, a nossos oceanos.
O que a grande maioria das pessoas não entende é que: a não ser que nós interrompamos a degradação dos oceanos, os sistemas marinhos ecológicos estarão colapsando e, quando a quantidade suficiente deles acabar, os oceanos morrerão.
E se oceanos morrerem, a civilização entra em colapso e todos nós morremos.
É simples assim, e a escolha está entre suicídio coletivo de pessoas sem consciência ou levantar-se e lutar pela sobrevivência.
Uma coisa, porém, é certa: nosso tempo está acabando.

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BALEIAS SÃO AVISTADAS EM SANTA CATARINA

>> quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Duas baleias foram vistas nesta terça-feira (4), em uma praia de Palhoça (SC), a menos de 250 metros da faixa de areia. Os animais, que seriam mãe e filhote, estariam há pelo menos dois dias no local. Integrantes do Projeto Baleia Franca disseram que a temporada de 2009 deve ser uma das melhores para observação desses animais em Santa Catarina. Na quinta-feira passada (27), foram avistadas 61 baleias entre Torres (RS) e Garopaba (SC). (Fonte: G1)

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