IBAMA FISCALIZA COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS FEITOS COM PENAS DE ANIMAIS SILVESTRES EM PARINTINS

>> segunda-feira, 29 de junho de 2009



A utilização ilegal de peles, dentes e penas de animais silvestres transformou-se em alvo prioritário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nesta última quinzena do mês de junho em Parintins.
Por causa do Festival Folclórico dos bois Garantido (vermelho) e Caprichoso (azul), que acontece há 44 anos e, desde 2005, sempre no último fim de semana desse mesmo mês, o comércio de adereços e artesanatos indígenas se intensifica na cidade. Para confeccionar esses materiais, algumas famílias da região chegam a sacrificar a vida de animais, como tucanos e araras, para obter os itens naturais dos objetos que desejam produzir.
Em entrevista à Agência Brasil, a analista ambiental do Ibama e coordenadora a Operação Não Tire as Penas da Vida, Maria Luíza Souza, lamentou a procura de artefatos feitos com partes do corpo de animais silvestres. Para ela, os ribeirinhos e indígenas só fazem objetos com asas e bicos legítimos porque ainda existem turistas que ignoram os cuidados com a preservação da fauna e flora da Amazônia e desrespeitam a legislação ambiental.
“Sacrificar animais silvestres para fazer qualquer tipo de objeto é crime. Junto às comunidades, promovemos campanhas e orientações para impedir esse tipo de situação. Contudo, o turista também precisa se conscientizar e não pedir mais adereços feitos com penas e asas de animais silvestres. O indígena só continua fazendo isso porque tem turista que pede”, ressaltou.
O trabalho de prevenção e repressão para impedir o comércio ilegal desse tipo de artefato é realizado pelo Ibama em Parintins há cerca de sete anos com as comunidades locais.
Este ano, a operação teve início no dia 2 e contou com um efetivo maior de servidores do órgão ambiental. Durante o Festival Folclórico, os agentes do Ibama abordam passageiros de barcos e aviões e orientam turistas para que não comprem artigos feitos de subprodutos oriundos da fauna silvestre e que podem ser identificados sem dificuldades, na avaliação da coordenadora.
“Geralmente quem vende esse tipo de coisa já diz ao comprador. A pena de animal silvestre é fácil de ser reconhecida porque, apesar de ter um colorido mais forte, não tem essas cores de forma homogênea. Além disso, ela é mais dura que a pena sintética.”Ainda segundo Maria Luíza, os moradores de Parintins estão cada vez mais conscientes dessa questão. Ela contou que, há alguns anos, até mesmo as agremiações dos bumbás Garantido e Caprichoso chegaram a ser multadas pela utilização desse tipo de material.
“Não temos mais nenhum problema com os bumbás quanto a isso porque eles usam só penas sintéticas. A população local também entendeu o recado. Infelizmente, isso não acontece com indígenas de tribos distintas, como Wai-wai e os Saterés, que vêm principalmente do Pará. Só na campanha deste ano, o Ibama já apreendeu milhares de itens, incluindo peças prontas e penas”, lamentou.
Para reforçar as ações da operação, a Polícia Militar também participa das ações. A penalidade para quem pratica esse tipo de crime ambiental inclui o pagamento de multas – que podem chegar a R$ 5 mil por espécie - e até reclusão de seis meses a um ano.
(Fonte: Agência Brasil)

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REUNIÃO DA COMISSÃO INTERNACIONAL BALEEIRA TERMINA ANTES DO PREVISTO

>> sexta-feira, 26 de junho de 2009


São Paulo (SP), Brasil — Pontos positivos ficam por conta do incentivo ao turismo de observação de baleias
Terminou hoje, antecipadamente, a reunião da Comissão Internacional Baleeira na Ilha da Madeira, em Portugal. Mais uma vez, o objetivo de modernizar a Comissão para garantir a preservação dos cetáceos não foi atendido.

Após um ano de negociações, tudo que a CIB conseguiu foi agendar mais doze meses de conversas, até a próxima reunião em Agadir, Marrocos. Enquanto isso, centenas de baleias continuam sendo mortas pelos países que não aceitam participar da moratória à caça comercial.

A redução dos grupos de trabalho foi uma das medidas tomadas durante a comissão. Os países formaram novos grupos de discussão (com apenas 10 países, ao invés dos 30 que formavam os grupos anteriormente), para aí sim iniciarem seus trabalhos. Uma providência irrisória, face à demanda urgente de modernização da CIB.

“Reduzir um grupo não melhora muita coisa. O que precisamos reduzir é a quantidade de baleias mortas. Se desejamos alcançar algum objetivo na reunião do próximo ano, é preciso mudar urgentemente os processos instaurados na CIB”, disse Sara Holden, coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace Internacional.

Mas a reunião não foi de todo perdida. Ao contrário do que se temia, não houve qualquer proposta ou acordo para liberar a caça costeira japonesa, usando como moeda de troca a caça científica praticada em águas internacionais. A Comissão decidiu prolongar o processo de negociação dos temas fundamentais que não estão resolvidos, pois não alcançam 75% dos votos, dentre eles a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul. Também foi aprovada a proposta de criação do Grupo de Trabalho Permanente sobre Turismo de Observação de baleias no Comitê de Conservação, além do desenvolvimento de um Plano Quinquenal para tratar do tema. Essa é uma grande vitória para o Brasil, já que somos um dos países da América Latina que desenvolve esse tipo de turismo - na Praia do Forte e em Abrolhos com as baleias jubartes e no sul, com as francas. Para essa espécie, uma outra boa notícia: foram aprovadas as recomendações do Comitê Científico sobre a importância da pesquisa com baleias francas em Santa Catarina.

A Austrália também promoveu uma parceria de pesquisa para o Oceano Austral, que priorizará e financiará pesquisa de cetáceos no Hemisfério Sul por meios não-letais, contrapondo diretamente a caça “científica” japonesa. O aporte de recursos australianos é da ordem de 850 mil euros e ajudará a elucidar muitos aspectos da biologia, ecologia e em especial da dinâmica populacional dos cetáceos que ainda existem nos mares austrais.

Foi definido também que o novo presidente da Comissão é o chileno Cristian Maquieira, ou seja, um latino, do Grupo de Buenos Aires, pró-conservação – um bom sinal. "Espera-se que o novo presidente da Comissão Internacional Baleeira leve o assunto sério e, a exemplo das ações realizadas em sua região, direcione a CIB a ser uma comissão em defesa da conservação de baleias." afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos no Brasil.

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MAUS TRATOS COM ANIMAIS EM RODEIOS

>> terça-feira, 23 de junho de 2009




“Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem” Art. 10º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais - da ONU.


Montada em uma estrutura milionária que gera um impacto econômico de R$ 200 milhões, o rodeio de Barretos é o maior do Brasil e praticamente cresce a cada ano. A festa atrai 1,2 milhões de turistas e conta com uma infra-estrutura gigantesca como hotéis, parque aquático e dezenas de shows dos mais conceituados artistas sertanejos e populares da música brasileira. Com dois milhões de metros quadrados, o Parque do Peão, onde acontece à festa é uma mini-cidade com estação rodoviária, hospitais, centro odontológico, áreas de camping, hípica, heliportos e policiamento. O público alvo é constituído pela classe média alta de São Paulo e turistas de vários estados e países. Diante dessa grandiosidade, quem é que se atreve a defender um simples touro, cavalo ou bezerro que serão vítimas de sofrimento, de dor e de humilhação?
De 21 a 31 de agosto acontece o grande rodeio, divertimento e alegria para pessoas insensíveis que só pensam em desfrutar do melhor da vida, esquecendo que a vida não se restringe apenas aos humanos, mas é ampla e abarca toda a vida animal que também sofre, sente dor, medo, tristeza e tudo mais que os humanos sentem. É o sofrimento dessas vidas esquecidas e massacradas pela violência que fará a alegria da festa. A cada cavalo que sai pulando de dor pela arena a multidão aplaude o peão que o monta com ares de herói. A grande multidão desconhece o sofrimento do cavalo e os que conhecem se fazem de esquecidos. Quando um bezerro com pouco tempo de vida dispara pela arena assustado, o grande herói da multidão, muito bem paramentado com roupas de couro, montado em um ágil cavalo, o persegue e o laça com rudeza e crueldade às vezes lhe causando a morte instantânea. Mesmo assim, esse grande herói é aplaudido como se tivesse realizado um grande feito. Essa é a grande expressão de covardia de todo um povo, causar sofrimentos aos animais por dinheiro, por orgulho, exibicionismo e falta de sentimentos mais nobres.
A boca fala do que o coração sente. Se a boca grita e aplaude essas covardias, é porque o coração está cheio dessas mesmas misérias. Divertir-se a custa de sofrimentos é grau mais baixo que pode chegar o ser humano.
Fica difícil definir se o pior do rodeio é sua realização ou as leis que o apóiam e outras que não protegem os animais. É claro, como já foi dito, o rodeio no Brasil está alicerçado pelos poderosos; grandes empresários, a indústria da propaganda, dos shows e do turismo. Estes mesmos tem o poder de convencer mandatários políticos no sentido de serem favorecidos. Assim é praticamente impossível erradicar a indústria do rodeio. Os poucos que defendem os animais e que são contra o evento são tidos ou como loucos ou anti-sociais. Já nos tempos do governo Henrique Cardoso, o mesmo mudou o status do peão, para “atleta”. Então segundo esse ponto de vista atletismo é a prática de violência contra seres indefesos e inofensivos. Não bastasse a infelicidade do referido governo, o senado aprovou o uso de instrumentos de tortura nos rodeios.
Os animais sofrem para que os humanos se divirtam
Os animais não são agressivos, ao contrário, são dóceis e inocentes, mas através dos objetos de tortura são forçados a demonstrar um comportamento de defesa bravio e selvagem, que por natureza não é deles, tudo para que o peão pareça um herói corajoso e destemido diante do público. É, portanto um show realizado com base numa farsa e numa mentira para enganar a multidão. Os que defendem a farsa do rodeio alegam que o animal sofre apenas durante 8 segundos. Esquecem de mencionar o tempo antes e depois em que o animal fica com os instrumentos de tortura nem mencionam as incontáveis horas de treino do peão com o mesmo animal.
Modalidades principais usadas em rodeios dos Estados Unidos e do Brasil
Laçada do bezerro: (não usado no Brasil) Animais novos, alguns com poucos dias de vida. É perseguido pelo peão em alta velocidade, laçado e derrubado ao chão. Quando o animal é laçado o cavalo é freado bruscamente. O laço às vezes provoca a ruptura da medula ocasionando a morte instantânea. Outros sofrem rompimento parcial ou total da traquéia. Ao ser jogado com violência ao chão, causa fratura de vários órgãos internos provocando morte lenta e dolorosa.
Laço duplo: Dois peões saem em perseguição ao bezerro um deles laça a cabeça e o outro as pernas. Cada um vai para um lado esticando o animal o que lhe provoca distensões de ligamentos e tendões e músculos machucados.
Bulldog: Dois peões perseguem o animal em velocidade. Um deles o segura pelos chifres e o derruba torcendo seu pescoço.
Montaria em touros e cavalos: Tanto touros quanto cavalos são apertados com o sedém uma corda que áspera que passa pelos órgãos para provocar-lhes dor fazendo-os pular na tentativa de livrar-se.

OS EQUIPAMENTOS DE TORTURA

Sedém: É uma tira de couro ou crina que é amarrada em torno do animal passando pelo penis ou saco escrotal. Ao sair para a arena essa corda é puxada com força pelo peão comprimindo os canais que ligam os rins à bexiga o que faz o animal saltar desesperado procurando libertar-se da dor terrível, que a platéia entende como animal bravio. Além da dor, pode também provocar ruptura viscerais e internas. Dependendo do caso pode provocar a morte. Assim que o animal é liberto do sedém volta a ficar calmo e dócil, mas isto não é mostrado ao público.
Objetos pontiagudos: Pregos, pedras, alfinetes e arames em forma de anzol são colocados nos sedenhos ou sob a sela do animal.
Esporas: São aplicadas pelo peão no baixo ventre e às vezes no pescoço e na cabeça do animal.
Pimenta e outras substâncias: São introduzidos no animal para que este fique irritado e nervoso.
Peiteira e Sino: É uma faixa de couro amarrada ao redor do animal atrás da axila, causa imensa dor e lesões.
Fonte: Leonardo Bezerra (http://jornalanimais.blogspot.com/)

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TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES

>> segunda-feira, 22 de junho de 2009



O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas.
O Brasil é um dos principais alvos dos traficantes devido a sua imensa diversidade de peixes, aves, insetos, mamíferos, répteis, anfíbios e outros.
As condições de transporte são péssimas. Muitos morrem antes de chegar ao seu destino final.

Filhotes são retirados das matas, atravessam as fronteiras escondidos nas bagagens de contrabandistas para serem vendidos como mercadoria.
Todos os anos mais de 38 milhões de animais selvagens são retirados ilegalmente de seu hábitat no país, sendo 40% exportados, segundo relatório da Polícia Federal.
O tráfico interno é praticado por caminhoneiros, motoristas de ônibus e viajantes. Já o esquema internacional, envolve grande número de pessoas.
Os animais são capturados ou caçados no Norte, Nordeste e Pantanal, geralmente por pessoas muito pobres, passam por vários intermediários e são vendidos principalmente no eixo Rio-São Paulo ou exportados.Os animais são traficados para pet shops, colecionadores particulares (priorizam espécies raras e ameaçadas de extinção!) e para fins científicos (cobras, sapos, aranhas...).
Com o desmatamento, muitas espécies entraram para a lista de animais ameaçados de extinção, principalmente na Mata Atlântica.

Para mais informações, consulte o site http://www.renctas.org.br/ da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, o MMA, o IBAMA, SOS FAUNA ou a CITIES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção.
Segundo o IBAMA, a exploração desordenada do território brasileiro é uma das principais causas de extinção de espécies. O desmatamento e degradação dos ambientes naturais, o avanço da fronteira agrícola, a caça de subsistência e a caça predatória, a venda de produtos e animais procedentes da caça, apanha ou captura ilegais (tráfico) na natureza e a introdução de espécies exóticas em território nacional são fatores que participam de forma efetiva do processo de extinção. Este processo vem crescendo nas últimas duas décadas a medida que a população cresce e os índices de pobreza aumentam.
O que podemos fazer :
Não compre animais silvestres. Ter espécie nativa em cativeiro, sem comprovação da origem do animal, é crime previsto em lei.

Cada indivíduo capturado faz falta ao ambiente e também os descendentes que ele deixa de ter.

Também não compre artesanatos feitos com partes de animais, como penas coloridas.
Seja vigilante. Se presenciar a venda na feira livre ou depósito de tráfico, avise a polícia. Informe dados precisos da ocorrência.

Denúncias ao IBAMA através da Linha Verde Tel. 0800 61 8080.

Se te oferecem um animal na beira da estrada, não compre e repreenda o vendedor dizendo que isso é crime e que ele procure outra atividade que não lhe cause problemas com a lei.
Os pássaros nascem para ser livres e não presos ao stress e tédio do restrito espaço de uma gaiola.

Afinal para que foram feitas as asas dos pássaros ?

O animal que vive preso, perde a capacidade de sobreviver e se defender sozinho e não pode ser solto na natureza sem o acompanhamento de um especialista.
Quando decidir ter um animal de estimação, lembre-se que existem milhares de cães e gatos abandonados aguardando a chance de uma adoção. Consulte a prefeitura da sua cidade ou entidades de proteção animal.
Somente a conscientização da população poderá desestimular este comércio ilegal e proteger o direito à vida e liberdade dos animais.
Vamos combater o tráfico de animais silvestres.
Se ninguém compra, ninguém vende, ninguém caça.
Extinção às gaiolas !

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NASCE EM CATIVEIRO FILHOTE DE ESPÉCIE DE MACACO REDESCOBERTO APÓS 300 ANOS

>> sábado, 20 de junho de 2009



Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB), em João Pessoa (PB), acaba de registrar o nascimento do segundo filhote de macaco-prego-galego nascido em cativeiro. A espécie, cientificamente chamda de Cebus flavius, ficou desaparecida por três séculos e foi redescoberta em 2006, através de pesquisa liderada pelo CPB e ICMBio.

O filhote nasceu no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama, localizado na Floresta Nacional das Restingas de Cabedelo, em Cabedelo (PB). Os seus pais foram apreendidos em fiscalizações do Ibama.

“Infelizmente recebemos muitos primatas retirados da natureza, mas, apesar das dificuldades, conseguimos proporcionar para este casal as condições necessárias para a reprodução”, afirma Paulo Guilherme Wagner, responsável pelo Cetas e primeiro a observar o filhote.

Atualmente, esta espécie é considerada uma das mais ameaçadas de extinção no Brasil. Segundo o Chefe do CPB, Leandro Jerusalinsky, o nascimento pode ser comemorado como uma grande vitória a favor da conservação dos macacos-prego-galegos.

“Isto confirma a capacidade da espécie de se reproduzir em cativeiro, que é um passo fundamental para a formação de uma população viável que possibilite a reintrodução de grupos em seu ambiente natural no futuro”, diz Jerusalinsky.

Cebus flavius:

O macaco-prego-galego ocorre na Mata Atlântica dos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio grande do Norte e Alagoas. O primeiro filhote da espécie nasceu em cativeiro no Zôo de São Paulo,em 2008. Na natureza, vivem em grupos de 6 a 14 indivíduos, alimentando-se de frutas, flores, ovos, insetos e pequenos vertebrados. Dada a situação crítica da Mata Atlântica nestes estados, reduzida em todo o Brasil e mais acentuadamente na região Nordeste, o macaco-prego-galego encontra-se extremamente ameaçado.


Atuação do CPB:

O CPB tem atuação nacional, promovendo pesquisas científicas e manejo para a conservação dos primatas brasileiros, dando especial atenção às espécies mais ameaçadas de extinção e menos conhecidas do país. Dentre seus projetos de campo, destaca-se o foco nos primatas que habitam a região nordeste do Brasil, onde historicamente os esforços de pesquisa e conservação têm sido insuficientes para garantir sua sobrevivência em longo prazo.

O CPB vem mapeando as populações remanescentes dessas espécies e implementando diversas pesquisas e ações voltadas à sua conservação. Além do macaco-prego-galego, os principais primatas enfocados nos projetos de campo do CPB são: Alouatta ululata, guariba que ocorre nos sertões do Ceará, Piauí e Maranhão, muito ameaçado pela caça; Cebus kaapori, caiarara pouco conhecido e considerado o mamífero mais ameaçado de extinção da Amazônia por habitar o arco do desmatamento; Callicebus coimbrai, guigó que foi o último primata descoberto na Mata Atlântica, extremamente ameaçado por sobreviver nos escassos remanescentes florestais do Sergipe e litorais norte da Bahia.

O CPB também desenvolve o diagnóstico e medidas para a conservação dos primatas na Bacia do rio São Francisco, além de coordenar Comitês Internacionais para o manejo de outras espécies ameaçadas, como os micos-leões e os muriquis.

Fonte: Insituto Chico Mendes

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OBSERVAÇÃO DE BALEIAS ATRAI TURISTAS PARA SANTA CATARINA EM JULHO

>> quarta-feira, 17 de junho de 2009



Ter, 16 de Junho de 2009 15:35
Já está definida a data de abertura da Temporada 2009 de Observação de Baleias na Praia do Rosa (Imbituba/SC). A partir do próximo dia 19 de julho, Instituto Baleia Franca, Turismo Vida Sol e Mar e PROA (Pousadas do Rosa Associadas) projetam receber um número recorde de turistas, repetindo o histórico dos últimos anos. Área de Preservação Ambiental (APA) da Baleia Franca, a Praia do Rosa se prepara para a abertura oficial da Temporada 2009 de Observação de Baleias Francas (whale watching), no dia 19 de julho próximo. Governo do Estado, Município, empresários, pesquisadores, hoteleiros e comunidade local apostam nesta modalidade de turismo sustentável que movimenta a economia, aliando consciência ambiental e lazer.
Em 2004, apenas 335 turistas fizeram whale watching embarcado. Em 2008, foram 1.259, um crescimento de mais de 275% em apenas quatro anos. No mesmo período, o número de turistas brasileiros que embarcaram aumentou cerca de 24% em relação ao turista estrangeiro, evidenciando que o brasileiro descobriu o que vem sendo feito há anos no exterior. Por conta do aumento da demanda. Para o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel este é um ponto alto do turismo catarinense fora da temporada de verão. “Somos um destino dos mais diversificados do Brasil, oferecemos 17 dos 18 segmentos elencados pelo Ministério do Turismo no programa de Segmentação do Turismo. O turismo ecológico, com a observação de baleias atrai turistas brasileiros e estrangeiros nesta época para Santa Catarina e divulga também um de seus mais belos cenários, a Praia do Rosa, pertencente ao seleto grupo de Baías mais Belas do Mundo”, afirma Knaesel. Presente na divulgação do turismo em Santa Catarina, em materiais promocionais da Santur como os almanaques das nove regiões turísticas dos Estado – livro “Encantos do Sul Catarinense”, a Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca – com 156.100 hectares – que serve de berçário para as baleias é uma atração cada vez mais procurada e coloca Santa Catarina em posição competitiva como destino sustentável. O Governo do Estado, por meio do Funturismo, também apoia as pesquisas científicas sobre as baleias no litoral catarinense.
Com informações Assessoria de Imprensa PROA

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OPERAÇÃO LITORAL SUL REGISTRA MORTE INDISCRIMINADA DE ANIMAIS MARINHOS

>> domingo, 14 de junho de 2009






Nos dias 15, 16 e 17 de maio, o Instituto Sea Shepherd Brasil, em parceria com os Institutos Litoral Sul e Justiça Ambiental, e com o apoio dos Aquanautas, realizou a Operação Extremo Sul, uma ação de monitoramento costeiro realizada no litoral do Rio Grande do Sul, entre os municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande. A operação teve como objetivo registrar embarcações pescando ilegalmente na região, além de verificar a presença de animais marinhos, vivos ou mortos, com sinais deixados pela pesca industrial predatória.
O cameraman Tony Rangel, dos Aquanautas, que com sua esposa, a jornalista Ana Paula, vem filmando tubarões por todo o mundo, se juntou à Operação Extremo Sul para registrar o que acontece neste remoto canto do mapa brasileiro.
A Operação dividiu-se em duas etapas. A primeira, realizada no dia 15 de maio em Rio Grande, contou com a participação do diretor jurídico voluntário do ISSB e líder AVINA, Cristiano Pacheco, e da diretora administrativa Cíntia Schmidt, cujo objetivo foi identificar as sedes de companhias pesqueiras e realizar imagens da frota pesqueira e do mercado de peixes. Outro objetivo foi a entrega de um pedido liminar junto à Justiça Federal de Rio Grande, para que fosse enviado ofício à Receita Federal a fim de disponibilizar as últimas declarações de Imposto de Renda dos sócios da empresa pesqueira Dom Matos, ré na Ação Civil Pública nº 2009.71.01.000785-0 pela captura de mais de 36 mil tubarões, somente pelas suas barbatanas.


Quando a dupla formada pelo câmera Tony Rangel e Wendell Estol, diretor técnico do Instituto Sea Shepherd se aproximou da frota pesqueira e do mercado de peixes, foi recebida com hostilidade. “Acho melhor sairmos de fininho,” disse Tony a Wendell. Enquanto a equipe estava se retirando, tripulantes das embarcações pesqueiras miraram jatos d’água contra a equipe de filmagem, tentando danificar o equipamento. “Era óbvio para os pescadores que não éramos moradores locais e que não estávamos ali para falar bem de suas formas predatórias de pesca. Foi complicado“, comentou Wendell.
A Operação Extremo Sul continuou nos dias 16 e 17 de maio. A segunda etapa contou com o apoio de um veículo 4x4, e equipes da Sea Shepherd e do Instituto Litoral Sul percorreram cerca de 220 quilômetros de praia deserta, desde a Barra do Chuí, Santa Vitória do Palmar, até a praia do Cassino, em Rio Grande. O objetivo principal era registrar embarcações pesqueiras ilegais dentro do limite estabelecido pela legislação. Outra finalidade era filmar o grande número de animais marinhos que são vitimas da pesca predatória industrial.
Desta vez as embarcações pesqueiras não foram localizadas próximas da costa, devido ao mar revolto, porém o número de redes descartadas encontradas na praia foi impressionante. As redes sem dono, também conhecidas como ‘redes fantasmas’, flutuam e matam animais marinhos por uma eternidade.
“Foi assustador, registramos um leão marinho com marcas de tiro, um golfinho nariz-de-garrafa com rede de pesca presa no pescoço e uma quantidade ainda mais impressionante de pequenas arraias“, comentou Wendell. “Para a indústria pesqueira, se não tem valor econômico, não merece viver”.
Em 2002, o voluntário Wendell havia avistado na praia de Santa Vitória do Palmar embarcações pescando ilegalmente dentro do perímetro proibido pela lei. Na ocasião, ligou para o IBAMA e a alegação era de que o órgão não possuía veículo para ir até a cena do crime. Wendell então pegou seu próprio automóvel e foi buscar o fiscal do IBAMA Albio Cruz e levou-o até o local onde estavam as embarcações, fazendo arrasto ilegal. “Elas estavam a menos de 500 metros da praia, quase encalhando, e arrastando a rede mesmo assim“, lembra Wendell.
Na mesma oportunidade foram autuada simultaneamente duas embarcações da empresa Amélia Nakshima Tuzuki. No dia 9 de outubro de 2008, a empresa Amélia Nakashima Tuzuki, dona de cinco embarcações de pesca de arrasto foi condenada em 1º grau pela Juíza Federal Rafaela Santos Martins, da Justiça Federal de Rio Grande, em uma ação civil pública iniciada pelo Instituto Sea Shepherd Brasil em junho de 2002.
Amélia Nakashima Tuzuki foi ordenada pela Juíza a parar com suas operações a menos que, em 30 dias, instalasse em toda sua frota redes com TED - Dispositivos de Exclusão de Tartarugas - e em um período de 60 dias começasse um programa de educação ambiental para seus empregados. Umas das surpresas do veredicto da Juíza Federal foram que as suas ordens judiciais deveriam ser comprovadas à satisfação da Sea Shepherd.
“O veredicto da Juíza Federal reflete nada menos que o respeito pela qualidade e seriedade dos esforços da Sea Shepherd pela conservação marinha e a execução da lei“, explica Cristiano Pacheco.
“O Instituto Sea Shepherd Brasil afirma que esta não foi uma operação pontual, e será realizada com maior freqüência, buscando sempre coibir a pesca ilegal, que causa tanta morte e destruição à vida marinha e ecossistemas litorâneos. Como o ator e agora governador da Califórnia, Arnold Schwarznegger, diz em seus filmes, nós voltaremos“, comenta Daniel Vairo, diretor geral voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil.

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DIA MUNDIAL DOS OCEANOS

>> terça-feira, 9 de junho de 2009

Ontem foi o Dia Mundial dos Oceanos. Acompanhe abaixo o artigo publicado hoje no Jornal da Tarde, que conta sobre a importância desse ecossistema para o planeta e sua relação com o aquecimento global.
Nem tanto ao mar(por Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de oceanos)
Durante muito tempo os oceanos foram encarados como uma espécie de território livre para as intervenções humanas. Historicamente, sempre foram vistos como fornecedores inesgotáveis de alimentos e outros recursos naturais, suas águas aparentavam ter capacidade infinita de dissipar a poluição nelas despejada e de se recompor de qualquer tipo de agressão. Doce ilusão. Hoje, 80% dos estoques pesqueiros estão ameaçados. Os corais também correm riscos. Desde 1950, segundo relatório Global Coral Reef, entidade que reúne governos e ONGs, 19% da área de recifes de corais desapareceram.
O bioma que se espalha 70% do planeta com uma biodiversidade gigantesca precisa de atenção. O Dia Mundial dos Oceanos, comemorado hoje, pode ser uma boa oportunidade para reflexão. A preservação dos oceanos está intimamente ligada à sobrevivência do homem na Terra e a sua importância para o combate às mudanças climáticas foi reconhecida pela Conferência Mundial dos Oceanos.
O encontro, realizado final de maio, resultou numa declaração, assinada pelos 76 países participantes, considerando os mares reguladores naturais do clima do Planeta. Batizado de Declaração de Manado, o documento propõe a criação de uma rede de reservas marinhas e recomenda a inclusão do tema “proteção dos oceanos” nas discussões internacionais sobre clima, que acontecerão em dezembro, em Copenhagen, na Dinamarca. Os oceanos podem ajudar a combater as mudanças climáticas, porque funcionam como o maior absorvedor de CO2, o principal gás do efeito estufa, do planeta.
No entanto, eles também são vítimas das mudanças climáticas, que comprometem a sua função como reguladores da temperatura mundial. O aumento de CO2 na atmosfera faz com que os mares fiquem cada vez mais ácidos, o que, combinado com o aumento da temperatura das águas, provoca a morte dos plânctons, algas e recifes de corais - justamente os organismos responsáveis pela retirada do gás carbônico da atmosfera.
A Declaração de Manado é uma vitória, mas ainda há muito por fazer para transformar as recomendações internacionais em realidade. Menos de 1% dos oceanos do mundo estão legalmente protegidos. No Brasil, essas áreas somam apenas 0,4%. O Ministério do Meio Ambiente propõe que sejam criadas 10% de áreas marinhas protegidas em zonas costeiras, abaixo ainda do índice proposto pela ONU, que recomenda a criação de 20%. Meta tímida – biólogos reconhecem 40% como o percentual ideal.
As soluções para combater a degradação dos oceanos e o aquecimento global começam com a adoção de uma Política de Oceanos integrada à Política Nacional de Mudanças Climáticas, que considere os mares como reguladores climáticos e contemple medidas de mitigação e adaptação.
O que você pode fazer – Acesse aqui
a petição do Greenpeace (em inglês) que pede aos governos de todo o mundo a criação de uma rede com 40% áreas marinhas protegidas no planeta.

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AUSTRÁLIA LANÇA PROGRAMA PARA SALVAR ESPÉCIES DE CAVALOS-MARINHOS

>> domingo, 7 de junho de 2009


Um biólogo marinho lançou na Austrália um programa pioneiro para tentar salvar espécies ameaçadas de cavalos-marinhos. O biólogo marinho David Harasti, da Universidade de Newcastle, na Austrália, criou filhotes de duas espécies não-ameaçadas em cativeiro nos últimos seis meses e soltou-os em seu habitat natural, na baía de Sydney.
A maioria das espécies de cavalos-marinhos não se adapta bem ao cativeiro, apresentando alto nível de estresse e baixo índice de reprodução. A esperança do experimento é que os filhotes sobrevivam sozinhos.
Se a experiência, realizada com animais das espécies cavalo-marinho-de-barriga, a maior espécie existente, e o cavalo-marinho-branco, der certo, o programa poderá ser usado com espécies em extinção em outros países.
"Estamos testando se cavalos-marinhos nascidos em cativeiro se adaptam à natureza, pois poderíamos introduzir o programa em outros países onde as populações estão diminuindo, como Filipinas, Vietnã e Indonésia (que possui o maior número de cavalos-marinhos do mundo), disse ele à BBC Brasil.

Teste

Vinte e dois filhotes foram liberados em condições de água diferentes em Sydney. Uma mais calma, e outra mais agitada, para ver em qual ambiente os cavalos-marinhos se adaptariam melhor.
"Assim, vamos observando e coletando informações valiosas desses animais", disse. Todos os filhotes, identificados por uma pequena etiqueta fluorescente, devem ser monitorados por mergulhadores a cada duas semanas.
"A principal coisa é ver se os nascidos em cativeiro sobreviverão na natureza assim que liberados", disse o biólogo, que faz o experimento com cavalos-marinhos-brancos (Hippocampus whitei).
"Como ainda sabemos muito pouco sobre os cavalos-marinhos, não podemos fornecer estatísticas de suas populações", disse ele, que cita a espécie Hippocampus colemani como a mais rara.

'Apaixonados'

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza, há oito espécies ameaçadas no planeta. A organização lista o cavalo-marinho-do-cabo, nativo da África do Sul, como a espécie mais ameaçada.
Para Harasti, a maior ameaça dos cavalos-marinhos é a pesca abusiva - motivada, entre outras coisas, pelo uso do animal na medicina tradicional chinesa -, além do desenvolvimento urbano e degradação dos habitats.
O cientista diz que, com o passar dos anos, a perda de habitats naturais como campos de esponjas, corais e algas, levaram algumas espécies da Austrália a habitar regiões ao redor das redes especiais de proteção contra tubarões.
"Agora eles dependem delas, pois se adaptaram às mudanças humanas", disse Harasti, que acrescentou que as redes são "perfeitas" para os animais, já que fornecem proteção contra predadores.
A Austrália abriga ao menos 20 das 60 espécies de cavalos-marinhos conhecidas no mundo, o que a torna o país possuidor da maior diversidade de espécies de cavalos-marinhos no mundo.
Novas espécies continuam a ser descobertas. Recentemente a menor espécie de cavalo-marinho do mundo foi encontrada próxima a costa da Indonésia. O Hippocampus denise tem apenas 16 milímetros de comprimento.
O pesquisador diz que os cavalos-marinhos são a única espécie do mundo na qual o macho dá à luz, podendo produzir cerca de cem filhotes de uma vez.
Segundo o Harasti, quando a fêmea e o macho iniciam o processo de acasalamento, ficam juntos durante toda a temporada. "Recentemente descobrimos também que eles são monogamistas de longo-prazo, pois os pares continuam juntos nas temporadas seguintes de acasalmento".

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CIENTISTAS ENCONTRAM EM CHIMPANZÉS NOVA ESPÉCIE DE PARASITA DA MALÁRIA

>> sábado, 6 de junho de 2009


Pesquisadores, no Gabão e na França, descobriram uma nova espécie de parasita da malária. Apesar de viver em chimpanzés, ela é extremamente parecida com a espécie mais mortal aos humanos.
A nova espécie foi descrita na semana passada pelo periódico "PLoS Pathogens". Foi chamada de Plasmodium gaboni, e possui uma relação muito próxima com o Plasmodium falciparum, responsável por mais de um milhão de mortes a cada ano – a maior parte destas acomete crianças na África.
Buscando malária em macacos, pesquisadores do Instituto de Pesquisa pelo Desenvolvimento de Montpellier, na França, e o Centro Internacional de Pesquisa Médica, em Franceville, no Gabão, coletaram sangue de 17 chimpanzés capturados por caçadores gaboneses; dois deles possuíam o novo parasita. Na África Central, chimpanzés bebês podem ser mantidos ou vendidos como animais de estimação depois que seus pais são mortos para o abate.
Apenas uma espécie parecida com a malária falciparum, chamada Plasmodium reichenowi, foi encontrada em macacos. Essa descoberta ajudará os peritos a estudarem o seu DNA para, desta forma, desvendar como a malária evoluiu em macacos, humanos e, presumivelmente, em seu ancestral em comum.
Todavia, os autores disseram que “o risco dessa transferência aos humanos deve ser seriamente levada em consideração”, por três motivos: porque tanto o vírus do Ebola quanto o da Aids passaram de macacos a humanos; porque outra malária comum, a Plasmodium knowlesi, foi recentemente transmitida de macacos a humanos no sudoeste da Ásia; e porque esses chimpanzés infectados viviam em vilas como animais de estimação.
(Fonte: G1)

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UM GOVERNO DE COSTAS PARA O MAR

>> sexta-feira, 5 de junho de 2009

São Paulo (SP), Brasil — Cobrindo 70% da superfície terrestre, os oceanos possuem capacidade para absorver, naturalmente, 90% de todo o CO2 da atmosfera. No entanto, só podem cumprir essa função, fundamental para combater o aquecimento global, se estiverem limpos e saudáveis.
Considerando ainda outros importantes serviços ambientais proporcionados pelos oceanos, como a disponibilidade de alimentos, estabilidade e proteção de zonas costeiras, usos recreativos e diluição de efluentes é urgente colocar a sua conservação, através da criação de áreas marinhas protegidas. Infelizmente, o governo brasileiro não parec e nem um pouco interessado nessa questão.
Atualmente, apenas 0,4% da área das duzentas milhas do mar territorial brasileiro está protegida por unidades de conservação, poucas delas de proteção integral. É uma média inferior à do resto do mundo inferior a média global. O Greenpeace defende que, para garantir a recuperação e sobrevivência da vida marinha na costa brasileira, o percentual de áreas protegidas deveria chegar a pelo menos 30% da nossa zona costeira e marinha.
Um exemplo disso, é o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, por sua biodiversidade ímpar, a região de Abrolhos recebeu, em 1983, o primeiro parque nacional marinho da América do Sul. São mais de 56 mil quilômetros quadrados na costa sul da Bahia compostos pelas ilhas: Siriba, Redonda, Guarita, Sueste e Santa Bárbara, que pertence à Marinha. Além do arquipélago, o Parque inclui dois grandes blocos de recifes de corais: o Parcel dos Abrolhos e o Recife das Timbebas.
No entanto, Além da diversidade biológica costeira e marinha, o parque é importante para manter os estoques pesqueiros e pelo expressivo patrimônio genético, com enorme potencial para utilização biotecnológica. Seu entorno abriga também extenso banco de algas calcáreas, um depósito natural de carbono, acumulado durante milhares de anos.Apesar de tamanha importância e em plena crise climática, a região de Abrolhos continua ameaçada pela exploração de óleo e gás, uma das principais causas do aquecimento global. Ao mesmo tempo, Abrolhos é vulnerável aos impactos das mudanças climáticas, como o branqueamento dos corais, a acidificação das águas e a perda de biodiversidade. Ou seja, a região está duplamente ameaçada, pelos impactos do aquecimento global.
O principal setor de exploração interessado nos recursos do Parque Marinho dos Abrolhos e de seu entorno é a indústria de gás e óleo. Ela cobiça os mais de 240 blocos de exploração já identificados e selecionados pela Agência Nacional de Petróleo. A ameaça de exploração de petróleo e gás em Abrolhos está ligada ao aumento da participação de combustíveis fósseis na matriz energética brasileira. Na próxima década, o governo federal prevê a instalação de 68 novas usinas termelétricas fósseis, das quais 41 são movidas a óleo combustível. Se este plano for concretizado, as emissões do setor, que hoje somam 14,4 milhões de toneladas, saltarão para 39,3 milhões de toneladas em 2017.
Na zona costeira, o principal complexo estuarino do Banco dos Abrolhos, Cassurubá, é o berçário mais importante para dezenas de espécies marinhas, incluindo a maioria dos peixes e crustáceos pescados na região. Essa área extremamente frágil e explorada de forma sustentável há gerações por marisqueiros tradicionais, está ameaçada por projetos de carcinicultura. Desde 2005, um projeto de Reserva Extrativista, destinado a proteger tanto o estuário quanto o sustento de mais de 20.000 famílias de pescadores na região espera a assinatura do Presidente Lula.
Se a RESEX for criada, é pouco perto da degradação da região, e ainda será aguardada a assinatura do presidente Lula para o decreto que crie a zona de amortecimento, garantindo a proteção permanente do Banco dos Abrolhos.Enquanto áreas marinhas não são criadas e muito menos implementadas, o governo brasileiro continua a investir no desenvolvimento da frota pesqueira, visando o aumento da produção, sem pensar na manutenção e recuperação dos estoques pesqueiros.
Podemos imaginar qual será o futuro que nos aguarda, quando os 70% de oceanos que cobrem a superfície do planeta estiverem sem peixes,sem manguezais, poluídos e ainda avançado pela zona costeira a dentro, devido aos impactos do aquecimento global.

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EXCLUSIVO: CÂMARA DEVE VOTAR ESTA SEMANA A PROIBIÇÃO DE ANIMAIS EM CIRCO

>> quarta-feira, 3 de junho de 2009




Está prevista para hoje, 03, a votação do substitutivo do Projeto de Lei 7.291/2006, que proíbe a utilização de animais em espetáculos de circo. A matéria deve ser analisada na Comissão de Educação e Cultura.

Cinco estados já proíbem o uso de animais em circo: Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Paraíba, além de mais de sessenta cidades. Em Juiz de Fora (MG), o projeto já foi aprovado pelos vereadores e segue para sanção do prefeito.

Em Santa Catarina, o município de Joaçaba, também tramita um projeto semelhante. A Câmara Municipal da cidade questiona a proibição disponibilizando uma enquete em seu site, que pode ser acessado no endereço: http://www.cmj.sc.gov.br/index.php.

Os animais resgatados são encaminhados para entidades e associações, como o Rancho dos Gnomos, localizado em Cotia (SP). O local abriga cerca de 500 animais. Na última segunda-feira, 01, o Santuário foi procurado pelo IBAMA do Distrito Federal para encaminhamento de três leões que estão no Pará, no Circo de Miami.

Outro local que abriga animais resgatados é o Santuário do GAP em Sorocaba, também no interior de São Paulo. Amanhã o santuário deve receber o tigre Simba, que trabalhou muitos anos em circo. Ele parte de Vitória da Conquista, na Bahia. O animal apreendido estava sob os cuidados do Ibama da Bahia, mas não contava com local apropriado.

No dia 08 de abril AmbienteBrasil publicou: EXCLUSIVO: Leões e urso de circo são transferidos para Sorocaba

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VITÓRIA PARA OS TUBARÕES-BALEIA NO RESORT DE CINGAPURA

>> segunda-feira, 1 de junho de 2009




Diante de uma uma oposição crescente, o Resorts World de Sentosa, em Cingapura, optou por abandonar seus planos de instalar um grande aquário para expor tubarões-baleia em cativeiro.

A Sea Shepherd e outros grupos haviam se posicionado contra este projeto através de uma petição internacional. O RWS disse que a petição foi o motivo pelo qual desistiu da idéia de manter tubarões-baleia em cativeiro. Mais de 9.000 assinaturas foram coletadas até o momento em www.whalesharkpetition.com.
Krist Boo, porta-voz da RWS, admitiu que o aquário não poderia fornecer o cuidado necessário a esses animais, que podem alcançar até 15 metros de comprimento, mergulhar a profundidades de até 980 metros e viajar por milhares de quilômetros nos oceanos. Tubarões-baleia são animais em extinção e sempre morrem quando postos em cativeiro. Vários espécimes morreram nos últimos anos no Georgia Aquarium, aumentando a necessidade de proteger a espécie em seu meio natural, livres da devastação ambiental e da crescente indústria do finning - ato de amputar as barbatanas do tubarão e descartar o animal ainda vivo de volta ao oceano, agonizando.
Mais de 24 tubarões-baleia morreram em cativeiro desde que se tornaram moda em exposições de aquário. Estou muito satisfeito em ver que o RWS parece ter mudado sua decisão de manter tais animais em cativeiro, e espero que não desistam desta importante decisão. Isto cria um precedente e deve influenciar outros aquários a reconsiderarem suas exposições, que são sentenças de morte para tais animais, afirmou o Capitão Paul Watson.

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