CANDOMBLÉ

>> domingo, 5 de julho de 2009





Em algumas cerimônias, geralmente de homenagem a determinado orixá (divindade), matam-se animais - cabrito, galinha - sendo algumas de suas partes preparadas e oferecidas no assentamento" do orixá.
Em outras cerimônias, no processo de "iniciação", a pessoa tem a cabeça lavada com sangue de animal de duas patas.
Obs.: Os "despachos" (velas, charutos, cachaça, galinha preta etc.) colocados em encruzilhadas, geralmente à meia-noite das sextas-feiras, constituem oferta a divindades em troca de algum favor, ou como agradecimento pelo recebimento de alguma graça.
Nem sempre quem faz tais despachos é da linha religiosa do Candomblé ou da Umbanda; podem ser pessoas que assim agem, epísodicamente, buscando o bem para si ou o mal para outrem.
Aliás, cumpre destacar que na Umbanda não há sacrifício de animais, sendo favorecidos os banhos de ervas e orações.
Atualidade
Inaceitáveis, em pleno século XX, limiar do XXI, os sacrifícios religiosos de animais nada mais representam do que o reflexo da pouca evolução espiritual daqueles que o praticam.
Holocaustos ainda são praticados até mesmo em países do chamado "Primeiro Mundo", demonstrando que tanto desenvolvimento material quanto intelectual de forma alguma representam evolução moral ou espiritual.
Com efeito, em Junho de 1993 o Tribunal Supremo dos Estados Unidos (Corte Suprema) determinou, por unanimidade (9 a O), que a Constituição permita o sacrifício de animais em cerimônias religiosas.
Um dos juízes, falando em nome da Corte, afirmou que: "as leis que proibiam o sacrifício de animais foram aprovadas por funcionários que não compreenderam a questão e optaram por ignorar que a proibição violava o compromisso essencial da nação com a liberdade religiosa".
Os grupos nos quais animais são sacrificados (a Igreja Lukumi Babalu, por exemplo) são adeptos de ritos religiosos africanos, O sacrifício de animais - galinhas, patos, cabras e ovelhas - faz parte de cerimônias de nascimento, casamento e morte, além da iniciação de novos sacerdotes.
A maior parte dos animais sacrificados são comidos pelos fiéis.
# -Jornal A Cidade, Ribeirão Preto/SP, 12 de junho de 1993. (N.A.)
Felizmente, rareiam no mundo todo os holocaustos de animais.
A Revista Veja de 17 de Março de 1993 noticia que um padre brasileiro foi condenado pela justiça portuguesa, por agressão sexual a um jovem, seguida de assassinato; tal sacerdote, segundo depoimento de seus paroquianos, costumava sacrificar animais no altar.
É de pasmar!
Quanto aos rituais de magia negra, em que animais são sacrificados, seja a que motivo for, soubessem os implicados - encarnados e desencarnados - quão doloroso será o resgate, certamente não o fariam.
Ao morrer, os animais sentem - embora não o entendam - a maldade que os atinge, provocando-lhes tanta dor; seu pavor e desespero impregnam a carne de toxinas e liberam, à sua volta, fluidos espirituais deletérios; os desencarnados infelizes e ainda jungidos às coisas grosseiras da matéria absorvem tal matéria astral, com a qual seus perispíritos ficam igualmente impregnados; os encarnados têm registrado em seus espíritos, como débito, a violência que infligiram ao animal. No futuro, uns e outros terão que eliminar do seu envoltório espiritual tais resíduos negativos, motivados pela culpa. E isso, infelizmente, só será possível com a dor, sendo certo porém que Deus, na Sua Misericórdia Infinita, alivia tal pesado fardo, oferecendo redobradas oportunidades de minimização do passivo, com ações no bem em favor do próximo.
Casos de holocaustos humanos são esporadicamente noticiados (quase sempre Crianças sendo sacrificadas em rituais macabros). Espíritos sensíveis e outros mais afeitos às tragédias do dia-a-dia espantam-se todos ante tais atrocidades, sendo que até mesmo os psicólogos não encontram vazante mental que sequer as explique, menos ainda as justifique.
Aqui a serenidade impõe outras análises, coibindo julgamento precipitado, que recomende a pena de morte para os agentes.
Esses pungentes dramas vistos pelo Espiritismo têm vários componentes, dentre os quais destacamos:
condenações - nenhum de nós tem conhecimento pleno do nosso passado, de nossas vidas anteriores, em cujos porões talvez existam registros de ações tenebrosas que tenhamos praticado; por isso, melhor será ouvir Jesus e não "atirar a primeira pedra"... os agentes - não são apenas os encarnados; provavelmente, há espíritos desencarnados partícipes, até em maior número; todos, porém, com um traço em comum - grande atraso moral que os impede de dimensionar o mal que praticam; na maioria dos casos os espíritos desencarnados agem por vingança - direta ou indireta; diretamente, devolvendo mal igual que tenham sofrido, em vidas anteriores, por ação ou sob responsabilidade da vítima de hoje; indiretamente, para atingir familiares e amigos, que os tenham igual mente feito sofrer, em vidas passadas; quanto aos encarnados, agentes físicos, muitas vezes são simples instrumentos daqueles vingadores invisíveis, aos quais se ligam por sintonia de moral deficitária; pela Lei Divina de Justiça - Ação e Reação - terá o agente do crime que resgatá-lo, ocorrendo o resgate segundo os mecanismos celestiais da reencarnação, podendo isso projetar-se para um futuro distante, já que o "tempo tem tempo" e os espíritos têm a eternidade; tal, "justificaria" tanto dramas observados na humanidade, onde criaturas "inocentes" sofrem crueldades inomináveis e, ainda, como certeza maior, elimina a necessidade material da pena de morte do criminoso, ei que o equilíbrio entre o bem e o mal se processa por meios naturais, divinos; aqui cabe anotar que encarnados e desencarnados participantes de tais atos, mesmo que perifericamente, terão que resgatar a mesma parcela de responsabilidade que tenham assumido.
A propósito da Bondade Divina, recordamos São Luiz na valiosa resposta à questão n 1.004 de O Livro dos Espíritos:
"... Sendo o estado de sofrimento ou de felicidade proporcional ao grau de purificação do espírito, a duração e a natureza dos sofrimentos do culpado dependem do tempo que ele gaste em melhorar-se. A medida que progride e que os sentimentos se lhe depurem, seus sofrimentos diminuem e mudam de natureza."
A vítima - considerando que através dos perfeitíssimos mecanismos de Justiça que regem a Vida jamais Deus permitiria dano a um inocente, há que se imaginar (mesmo que seja difícil e penoso) que a vítima está, na verdade, resgatando débito; se nada há na presente existência que justifique tal dívida, necessariamente ela tem que estar num único ponto possível – no passado! Assim equacionado, tão dolorido problema passa a ter outra conotação - a de que o devedor libertou-se de pesado fardo, por ele mesmo colocado em suas costas.
trecho retirado do livro "ANIMAIS NOSSOS IRMÃOS"
DE Eurípedes Kuhl




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