ONU PEDE MAIS PROTEÇÃO A GOLFINHOS E BALEIAS

>> quarta-feira, 18 de março de 2009


Mais de 70% dos golfinhos e pequenas baleias estão sujeitos a morrer enroscados em redes de pesca, revela um estudo do Programa de Meio Ambiente da ONU (Unep, na sigla em inglês) divulgado nesta quarta-feira.

Fatores como caça, poluição, destruição de habitat e o uso de sonares militares (que interfeririam na habilidade dos animais caçarem e se comunicarem) também ameaçam a sobrevivência dos cetáceos, alerta a agência da ONU, que defendeu a melhora das leis internacionais que protegem os animais.

Os dados foram divulgados durante uma reunião dos signatários da Convenção sobre Espécies Migratórias na sede do Unep, em Nairóbi, no Quênia.Durante o evento, a ONU pediu a revisão das leis internacionais de proteção a oito espécies, propondo que elas sejam incluídas no Apêndice 2 da Convenção, que não prevê proteção obrigatória mas é formulada para estimular a conservação. O Unep também defende que as atuais leis de proteção sejam estendidas a outras sete espécies.
«Pequenos cetáceos estão entre as criaturas mais bem amadas e carismáticas do planeta», disse o diretor-executivo do Unep, Klaus Toepfer. «Infelizmente essas qualidades não podem protegê-los de uma ampla variedade de ameaças; portanto, eu endosso totalmente medidas para fortalecer a sua conservação por meio da Convenção sobre Espécies Migratórias e outros aordos similares.»800 mortes por dia
Um estudo feito há dois anos indicou que cerca de 800 cetáceos morrem todos os dias ao ficar presos em redes de pesca.
O diretor da Sociedade para Conservação do Golfinho e da Baleia, Mark Simmonds, acredita que, por mais drásticos que os dados pareçam, o relatório do Unep pode estar subestimando a verdadeira dimensão do problema. «Nós sabemos muito pouco de muitas dessas espécies, particularmente daquelas de profundidade», disse Simmonds, de Nairóbi, à BBC. «Por outro lado, nós sabemos o suficiente para dizer que de forma geral que todos os golfinhos de água doce estão ameaçados. Na verdade, o próximo mamífero a entrar em extinção provavelmente será uma espécie de golfinho de água doce – é grave assim.»
Outras medidas estão sendo debatidas no encontro, incluindo uma proposta para incluir a população do Mediterrâneo de golfinhos-de-bico-curto no Apêndice I, o mais rígido da convenção.Isso obrigaria os países a restaurar o habitat natural dos animais e mudar práticas que estão contribuindo para a queda da população – neste caso, principalmente a diminuição dos estoques de sardinhas.

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