JAPÃO NEGOCIA PARA CAÇAR BALEIAS, ALERTA WSPA

>> sexta-feira, 30 de janeiro de 2009








A WSPA condena plano da Comissão Baleeira Internacional de premiar a caça "científica" japonesa de baleias .

Rio de Janeiro – A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) condenou ontem as tentativas do presidente da Comissão Baleeira Internacional (CBI) de fazer um acordo com o Japão para o país retomar a caça comercial de baleias (nota 1).

Segundo a WSPA, o acordo, descrito em documentos obtidos Washington Post e divulgado no último domingo por esse jornal norte-americano, parece permitir que o Japão cace baleias em suas águas costeiras em troca de uma redução na caça pretensamente "científica" no Santuário do Oceano do Sul (Antártico), minando a proibição de 1986 sobre a caça comercial de baleias (nota 2).

"Tal acordo pode abrir caminho para a retomada mundial da caça comercial de baleias, uma prática cruel que utiliza arpões explosivos. Dados do Japão e da Noruega mostram que, ao serem caçadas, as baleias podem sofrer por mais de uma hora antes de morrer.

A WSPA acredita que a caça dita "científica" no Oceano do Sul precisa acabar por meio de pressão diplomática fora da CBI e pede que a proibição de 1986 seja mantida e fortalecida, levando-se em consideração questões de bem-estar animal", alerta a WSPA.
- É inaceitável que o Japão, que já matou mais de 11.000 baleias num claro desafio à proibição mundial, esteja pressionando a CBI e exigindo concessões.

E é impressionante que a CBI considere tais negociações e, aparentemente com o apoio dos Estados Unidos, ofereça baleias de bandeja para o Japão, disse a gerente do Programa de Mamíferos Marinhos da WSPA, Claire Bass.A mudança da área de caça:
– A caça de baleias é desumana onde quer que aconteça.
Um acordo que simplesmente transfere essa crueldade do Oceano do Sul para o Pacífico Norte nem sequer vale o papel em que está escrito. Sancionar essa prática desumana e desnecessária, seria um grande retrocesso para o bem-estar animal mundial – completou Bass."A WSPA também está preocupada com que a CBI, - incumbida de gerenciar a caça e de preservar as baleias do mundo, tenha perdido seu foco.
Apenas três países desejam a caça comercial de baleias e, ainda assim, a Comissão dedica uma grande e desproporcional parte de seu tempo e de sua energia negociando como e se irá proibi-la. Nesse meio-tempo, as baleias do mundo continuam desprotegidas contra um crescente número de ameaças, incluindo poluição química e sonora, mudança climática e pesca exagerada. A WSPA e os membros da rede Whalewatch acreditam que a CBI precisa rever suas prioridades para proteger as baleias e não sua caça (nota 3)", continua a gerente. "É impossível imaginar governos se reunindo para endossar a explosão de vacas ou suínos para obter sua carne, mas há um ponto cego quando se trata de proteger o bem-estar de baleias. Como o sofrimento acontece no mar distante, pode ser que a crueldade da caça de baleias fique fora de vista, mas os governos não podem deixar que ela fique fora de consideração", concluiu Bass.
Notas (links em inglês): 'U.S., Japan Negotiate Over Whaling Limits' no Washington Post de 25 de janeiro de 2009.
(1) http://mobile.washingtonpost.com/detail.jsp?key=343249&rc=na&p=1&all=1 A proibição internacional da CBI sobre a caça comercial de baleias passou a valer em 1986. Noruega e Islândia continuam a caça comercial furando a proibição, enquanto o Japão explora a brecha que permite membros que se permitam quotas para fins de pesquisa científica.
(2) http://www.iwcoffice.org/conservation/catches.htm Em maio de 2008 membros da rede Whalewatch, encabeçada pela WSPA, se reuniram para produzir o documento Time to Refocus. Esse relatório explora os problemas inerentes à caça comercial de baleias e oferece uma visão construtiva para a evolução e o futuro da CBI como uma organização protetora dos cetáceos. Ele foi bem-recebido por países-membros durante o 60º encontro da CBI em Santiago do Chile, em junho de 2008.
(3) http://www.whalewatch.org/media/Time%20to%20Refocus.pdf A Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA) é a maior federação de organizações de bem-estar animal do mundo, representando mais de 950 afiliadas em 155 países. Através de trabalhos de campo, campanhas, trabalho legislativo, educação e programas de treinamento, a WSPA luta para criar um mundo onde o bem-estar animal importe e os maus tratos contra os animais tenham fim.
As baleias são mamíferos marítimos pertencentes à classe dos Cetáceos, são animais que vivem desde o nascer até a morte na água. Elas não têm guelras e, por isso, têm de subir para respirar na superfície, periodicamente.
Geralmente as baleias têm mais de 4 metros de comprimento. Atualmente existem 40 espécies de baleias sendo que metade delas está ameaçada de extinção, graças à caça indiscriminada de países que não respeitam a legislação internacional como o Japão, por exemplo.

Normalmente estes animais vivem 30 anos, sendo que já houve registros de baleias com 50 anos de idade.
A Comissão Internacional da Baleia (que reúne somente 15 paises) fixou o limite máximo de 20.000 baleias a serem caçadas por ano. Porém, ainda existem pessoas que insistem em não respeitar a lei, o que acontece sempre que uma lei prejudica a obtenção do lucro. Atualmente existem poucas baleias no mundo e a caça mata mais do que as baleias se reproduzem, o que pode, em pouco tempo, levar estes mamíferos à extinção. As espécies de baleias mais conhecidas são as Orcas, as Jubartes, as Francas, as Cachalotes e as maiores que existem: as baleias Azuis.

Assista o vídeo do Greenpeace



assine a petição contra a caça à baleia

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