O FUMO TAMBÉM FAZ MAL PARA OS ANIMAIS!

>> domingo, 18 de janeiro de 2009

Parar de fumar não está nos seus planos imediatos? Pena. Por você e por todos ao seu redor, incluindo o pet que mora na sua casa. Ele também é vítima das baforadas. Tem gente que nunca parou para pensar, mas o animal doméstico que convive com cigarro do dono também é um fumante passivo. E sofre com isso pois eles ficam sujeitos a rinites, outras irritações nasais e até câncer.
Todos já ouvimos infinitas vezes, mas não custa repetir: o tabaco contém dezenas de substâncias cancerígenas e milhares de outras toxinas que possuem efeito acumulativo. Quem está por perto, bichos incluídos, acaba inalando cerca de 85% desse mix venenoso expelido na fumaça.
Alguns trabalhos realizados mundo afora comprovam os efeitos nefastos em animais domésticos. No Brasil ganha destaque o estudo do veterinário Marcello Roza que, em sua dissertação para a Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, a UnB, relata as conclusões de uma pesquisa feita com 30 cães da raça yorkshire. Quinze deles tinham dono fumant, e todos os integrantes desse grupo, sem exceção, apresentaram algum tipo de estrago no sistema respiratório por causa da exposição constante à nicotina, ao alcatrão e companhia.
A encrenca mais comum atende pelo nome de antracose — lesão provocada por partículas de poluentes que se instalam nos pulmões, formando pigmentos negros. O agravamento do quadro pode levar ao câncer pulmonar, e a ameaça cresce se a raça do cachorro for dotada de focinho curto (bulldog, pug, shi tzu etc), que não filtra o ar tão bem. Já para os cães que têm essa parte mais alongada, o perigo é um tumor nos seios nasais e como o tempo de vida do bicho é breve (em relação ao homem), a doença se desenvolve mais rapidamente.
As raças mais prejudicadas pelo fumo passivo são as de pequeno porte. É que esses animais tendem a ser mais caseiros e, portanto, ficam mais próximos do dono — e da fumaça do dono. Não é justo com o pobre animal, portanto, se você ainda não se convenceu de que o melhor mesmo é abandonar o vício — e por todos os motivos que já está cansado de saber —, pelo menos trate de apagar o cigarro quando seu fiel escudeiro estiver por perto.
Segundo estudos do Departamento de Bioestatística e Epidemiologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, os gatos que vivem em casa de fumante são duas vezes mais vulneráveis ao linfoma felino do que aqueles que não ficam expostos à fumaça alheia. Esse risco cresce quanto maior for o tempo em que são obrigados a inalar as substâncias tóxicas. O linfoma felino (popularmente denominado AIDS felina) bota as defesas do animal no chão — e ele morre.
É importante alertar que os componentes do tabaco ao serem absorvidas nas células, formam ligações, que se juntam ao DNA — conjunto de moléculas que carregam a informação genética. Isso dispara modificações naquela célula, que tanto podem levá-la à morte quanto transformá-la em maligna, capaz de originar um câncer.
Nestes tempos de discussão pela preservação do planete, tome consciência. Seu bicho virou amigo, é companheiro para o que der e vier, mas, por favor, mantenha-o bem longe do cigarro que você teima em acender.

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