O DESCONHECIDO MENINO JESUS E OS ANIMAIS

>> quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Este relato se inicia quando um velho mago da Fenicia (hoje Líbano),amigo de José, mandara ao menino Jesus o régio presente de uma ave-rei, de plumagem cor de púrpura, com um rendilhado azul celeste, coroada por magnífico penacho cor de ouro e aprisionada em bela gaiola de grades banhadas a prata, porém, o menino, comprovando seu desprezo pelos bens do mundo, numa exclamação de júbilo soltou a ave, sob a decepção dos pais.
Qual o futuro que a família de José poderia esperar para aquele menino bom, belo, correto, mas sonhador, ingênuo, contraditório e fujão ?
Seus familiares estranhavam seu excesso de boa fé e a indiferença diante dos perigos. Jesus penetrava nos bosques, surpreendendo as feras nômades que o fitavam inquietas e sem coragem de agredi-lo, ante a refulgência que percebiam no seu campo astral.
Nunca o menino Jesus usou de qualquer meio para matar um pássaro, destruir um réptil, um inseto ou um batráquio. Viam-no costantemente curvar-se para o solo e colher verme repelente na folha vegetal, para situá-lo fora dos perigos do caminho. Ficava profundamente surpreso e comovido, sem compreender a origem de sua culpa, quando ouvia severas admoestações de Maria e José para que não arriscasse a sua vida inocente nos arvoredos envelhecidos em que subia para proteger os ninhos perigosamente pensos nos galhos rotos. Eram manifestações inúteis, pois tornavam a encontrá-lo depois entre o esvoaçar festivo dos pássaros que lhe arrancavam risos cristalinos e pareciam compreender o seu carinho para com os seus filhotes implumes.
Nunca se pôde matar qualquer ave ou animal na presença do menino Jesus. Esse espetáculo doloroso deixava-o abatido e enfermo, sendo demorada a sua volta para a vida comum. Nos brinquedos e folguedos costumeiros, qualquer perversidade cometida contra os animais tornava-o subitamente silencioso e com uma expressão de censura tão veemente no olhar, que muitos dos seus companheiros chegavam a se atemorizar. Mais de uma mãe chegou a dizer que o filho de Maria era “tocado” da cabeça.
Jesus, desde pequenino, revelou profunda repugnância pela carne. Quando, sob insistência, ele a experimentava, sempre sofria de choques anafiláticos e as consequentes urticárias. A família foi tratando de evitar pouco a pouco, substituindo o alimento. O astral demasiadamente instintivo e inferior do animal produzia tremendo impacto na tessitura delicadíssima do seu corpo etérico, desamornizando-lhe o sistema endócrino e produzindo um quimismo tóxico que provocava febre por alguns dias devido à queima necessárias das toxinas que invadiam o delicado organismo.
Jesus terminou os seus dias avesso à alimentação carnívora. No seu símbolo de ternura apostólica, ele parte um pedaço de pão e afirma:
Eis o meu corpo”. Mesmo na hora em que ofereceu singela ceia os apóstolos e que a tradição religiosa dramatizou para firmar mais um dogma, o Mestre ainda se decide pelo pão em lugar da carne, deixando imorredoura lição contra o péssimo hábito da ingestão de vísceras animais.
Ramatis – “Mensagens do Astral” – Editora Divino Mestre - 1956

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