O LEÃO DE SÃO JERÔNIMO

>> quinta-feira, 11 de dezembro de 2008



Contribuição de a "Ave Maria"

O homem estudioso é sempre agradecido àqueles que lhe proporcionam meios de raciocínio e de desenvolvimento da inteligência, e o irmão dos animais que escreve estas linhas não pode deixar de agradecer à Ave Maria, revista católica, pela contribuição que, embora involuntariamente, nos auxilia quando apresenta os casos em figuram os animais, com isto auxiliando a projetar sobre o campo inculto da "evolução anímica" mais essa luz, que será levada ao crédito dos reverendíssimos padres redatores da mesma revista, quando se passarem para o Além-Túmulo.

A narrativa inserta na revista é sobre o Leão de São Jerônimo:"

Certa vez, nas margens do Jordão, meditava São Jerônimo.Nisto, um forte leão, alentado e valente, aproximou-se do Santo, arrastando a pata, atravessada por um espinho horrível.

São Jerônimo, pacientemente, tirou o estrepe e o bravo rei dos animais, reconhecido a seu benfeitor (diferente de muitos homens) nunca mais o abandonou; e, quando o seu santo protetor morreu, deitou-se sobre a sua sepultura e acabou os seus dias sobre a campa, morto de fome".

Este caso é muito semelhante ao do Cão de Macaire, e ao de Daniel.

Aceitamo-lo tal como reza a estória.Mas se raciocinarmos sobre o ocorrido, não podemos deixar de admitir uma influência do Alto, guiando o leão aos pés do Santo, para que este o curasse.

Está claro que um leão bravio não poderia saber se um homem, em vez de o matar, extrair-lhe-ia um espinho da pata, se não fosse disso intuído ou guiado por alguém.
E esse alguém deveria ser provavelmente um ser espiritual, encarregado de auxiliá-lo.

Nesse ponto ainda o Espiritismo vem fazer muita luz, afirmando que os Espíritos, por menores que sejam, nunca são desamparados por Deus, que lhes concede protetores espirituais, que os auxiliam na jornada da vida, e, se sofrem injustiças, estas partem sempre de homens de dura cerviz, que não cultivaram O Amor e não obedeceram a Lei.

O quadro que a Ave Maria estampou, demonstrando o espírito de súplica, a gratidão, o amor que o leão exemplificou é, pois, a afirmação categórica de que no leão, como em São Jerônimo, a alma se patenteia acima dos instintos inferiores, manifestos no corpo; a troca de sentimentos de compaixão, de sentimentos afetivos, de amor, finalmente, salienta-se tanto no Santo como no leão, com a diferença de grau e quantidade; este volume aumenta gradativamente, de acordo com os conhecimentos que se vão adquirindo e à medida que a alma vai crescendo em sabedoria e em moral.

Cairbar Schutel

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