POR QUE DEFENDEMOS AS BALEIAS

>> domingo, 1 de fevereiro de 2009


Quando um arpão com 80 quilos de explosivos foi disparado pelo navio baleeiro soviético Vlastny, em 27 de junho de 1975, e atingiu em cheio uma cachalote que estava sendo perseguida no Oceano Pacífico, deu-se início a campanha do Greenpeace em defesa das baleias. Um grupo de nossos ativistas estava lá para registrar a carnificina, em pequenos botes infláveis que perseguiram os baleeiros soviéticos para registrar tudo e enviar as imagens para o mundo. Diversas TVs divulgaram e a indústria baleeira sofreu seu primeiro baque.

Dez anos depois do confronto com os baleeiros soviéticos nas geladas águas do Pacífico, foi instituída em 1985 a moratória à caça comercial de baleias pela Comissão Internacional Baleeira (CIB). No entanto, alguns países não aderiram e continuam caçando até hoje - como Japão e Noruega.

A Noruega contesta abertamente a moratória e caça comercialmente cerca de 500 baleias minke por ano, com a expectativa de aumentar sua quota anual para até 2 mil animais. A Islândia, por sua vez, retirou-se da CBI em junho de 1992. O Japão disfarçou sua caça comercial de 'pesquisa científica' para driblar a moratória. Na temporada 2007/2008, pretendia caçar 935 baleias no Oceano Antártico, mas seus baleeiros retornaram ao porto com um número bem menor: 551.

Desde 1991 o Greenpeace atua com firmeza no Oceano Antártico para impedir a caça de baleias promovida por baleeiros japoneses. Por meio de ações diretas e registros fotográficos das irregularidades cometidas pelos baleeiros japoneses na Antártica, conseguimos novamente sensibilizar a opinião pública e conquistar muitos aliados para pressionar o Japão a interromper a caça - que eles alegam ser 'pesquisa científica'.

Mas não é apenas em alto-mar que o Greenpeace luta para salvar as baleias. Em terra firme o grupo participa, como ouvinte, das reuniões da CIB e da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção (CITES), onde conseguiu incluir todas as espécies de baleias na lista de espécies ameaçadas. Além disso, foram criados dois santuários de baleias - um no Oceano Índico e outro na Antártica.

O Greenpeace luta agora para aprovar, na CIB, a criação de um terceiro Santuário, do Atlântico Sul, que iria do Brasil à África do Sul. As espécies de baleia que existem em nosso planeta são muito vulneráveis e ainda vivem sob a ameaça dos mesmos interesses que levaram a sua exploração irracional no passado. Enquanto existirem países querendo ampliar a caça comercial, existirão ativistas do Greenpeace dispostos a impedi-los.

Greenpeace

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